Bolsonaro terá que optar: o Brasil e os Chicago Boys
"Bolsonaro é prisioneiro de um mito criado na campanha: a ideia do mito neoliberal que repassaria todas as decisões econômicas ao Posto Ipiranga, que ontem disse não ter sido informado sobre a intervenção na Petrobrás", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247. "Agora, o 'mito' se vê numa encalacrada: se ceder aos Chicago Boys, enterra ainda mais a economia, com mais inflação, que já disparou, menos crescimento e uma nova greve dos caminhoneiros. Se fizer a coisa certa, ganha o carimbo de Dilma"

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Jair Bolsonaro apanha mais que boi ladrão na manhã deste sábado 13. O curioso é que apanha porque tomou a primeira decisão correta do seu desgoverno, que foi a de segurar os preços do diesel.
O editorial do Estado de S. Paulo afirma que ele “invadiu a Petrobrás”, como se a empresa (que é um monopólio estatal) fosse uma vaca sagrada, privatizada e intocável, que pudesse impor qualquer preço à sociedade.
O editorial da Folha fala em “ecos de Dilma”, como se a intervenção fosse “populismo”. Com Dilma, os reajustes eram trimestrais, para cima ou para baixo, para evitar repassar à sociedade choques temporários de preços.
No Globo, Miriam Leitão diz que Bolsonaro acabou com a liberdade da Petrobrás, como se os preços dos combustíveis, que afetam toda a economia, pudessem ser tratados como os de um carrinho de pipoca.
Na prática, Bolsonaro é prisioneiro de um mito criado na campanha: a ideia do mito neoliberal que repassaria todas as decisões econômicas ao Posto Ipiranga, que ontem disse não ter sido informado sobre a intervenção na Petrobrás.
Agora, o “mito” se vê numa encalacrada: se ceder aos Chicago Boys, enterra ainda mais a economia, com mais inflação, que já disparou, menos crescimento e uma nova greve dos caminhoneiros. Se fizer a coisa certa, ganha o carimbo de Dilma.
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