Bolsonaro tem que ser derrotado em 2020 para perder em 2022
"Somente uma derrota acachapante nas principais cidades, sobretudo nas capitais mais importantes será capaz de brecar a sua sanha autoritária e impedir a continuação do seu projeto nefasto", afirma o jornalista Alex Solnik. "E preparar terreno para derrotá-lo nas urnas em 2022", acrescenta
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia - As eleições municipais de 2020 serão a primeira prova de fogo para Bolsonaro.
Será a primeira oportunidade para os eleitores brasileiros dizerem nas urnas se aprovam ou desaprovam seu governo.
Por enquanto só dizem nas pesquisas.
Em 2018, os brasileiros não sabiam direito quem ele era e o que faria: em outubro do ano que vem ninguém poderá alegar que continua não sabendo quem ele é e como age.
Embora realizadas em âmbito municipal, o tema principal das eleições de 2020 deverá ser a preservação da democracia.
Os eleitores não vão escolher apenas prefeitos e vereadores; vão escolher democratas ou autoritários.
Serão as eleições municipais mais importantes desde a redemocratização.
Se o partido dele sair vitorioso ele terá sinal verde para continuar fazendo o que vem fazendo até aqui, pois dirá que tem apoio para suas ideias estapafúrdias e se reelegerá.
E continuará trabalhando para impor uma ditadura militar-religiosa, contra tudo e contra todos, aproveitando-se das brechas da constituição de 1988.
Uma derrota pequena também não vai demovê-lo do plano de transformar o Brasil num grande quartel evangélico, onde todos terão de obedecê-lo cegamente. Ele dirá que a vitória não foi muito grande devido ao tempo exíguo de governo: “apenas dois anos”.
Somente uma derrota acachapante nas principais cidades, sobretudo nas capitais mais importantes será capaz de brecar a sua sanha autoritária e impedir a continuação do seu projeto nefasto.
E preparar terreno para derrotá-lo nas urnas em 2022.
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