Bolsonaro suja as mãos de sangue com indulto a bandidos de farda

Alex Solnik, membro do Jornalistas pela Democracia, se sentiu "esbofeteado" com o Indulto natalino que Jair Bolsonaro concedeu aos policiais e militares que foram presos porque mataram "sem querer querendo". "Não foi um indulto, foi um insulto de Natal", escreve Solnik

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes/PR)


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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia - No apagar das luzes de 2019 o presidente (argh!) Jair Bolsonaro avisa que vai continuar afrontando o Congresso Nacional. Ambas as casas rejeitaram o "excludente de ilicitude" para crimes de policiais que constava do pacote anticrime de Sérgio Moro.  

Bolsonaro, no entanto, institucionalizou seu decreto rejeitado, mandando soltar, no indulto de Natal, policiais e militares condenados por "excesso culposo". Ou seja: foram presos porque mataram "sem querer querendo". 

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Incluem-se aí (não se conhece a lista completa) casos como o dos nove militares que mataram um músico que levava a família a um chá de bebê e tantos outros. 

Só no Rio, a PM matou mais de 1500 pessoas este ano. Na data mais sagrada da cristandade ele aplica um tapa no rosto de todos os brasileiros com a mão suja de sangue. Eu me senti esbofeteado. Nenhum presidente tinha feito algo parecido. 

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Indulto natalino tem sido concedido a condenados por penas pequenas que não envolvam assassinatos. O recado de Bolsonaro às forças de segurança foi muito claro: podem matar à vontade; quem for condenado será solto no próximo indulto. 

Não foi um indulto, foi um insulto de Natal. Cabe ao STF barrar essa infâmia. Sob pena de o sangue das mãos de Bolsonaro respingar nas dos ministros da mais alta corte do país.

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