Bolsonaro só não desfila de jumento pelas ruas porque não consegue montar em si mesmo

O mito dos horrores segue instando que um pedido de impeachment seja instaurado contra ele. Em plena pandemia, segue contrariando as recomendações sanitárias e debochando dos mais de 440 mil mortos pela covid



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Lá vem ele! Todo prosa, exibindo a sua face escabrosa, crente que tá abafando. O mito dos horrores segue instando que um pedido de impeachment seja instaurado contra ele. Em plena pandemia, segue contrariando as recomendações sanitárias e debochando dos mais de 440 mil mortos pela covid. Exibicionismo de quem tenta demonstrar que está acima do bem e do mal, mas que também pode significar um pedido de socorro. Freud explica. Acuado, tenta atacar. Inábil, exagera no otimismo e atrai para si uma iminente desdita nas próximas eleições.

Jair Bolsonaro acredita que as suas aparições (ou seriam obsessões) em público, sem máscara e promovendo aglomerações, servem para testar a sua popularidade e confrontar as últimas pesquisas que apontam Lula como favorito em 2022. Neste domingo, ele veio ao Rio de Janeiro para se reunir com motociclistas e desfilar pelas ruas da cidade guiando a sua motoca. Corre à boca miúda, que quando um seguidor sugeriu que fosse feito um “cavalinho de pau” – uma manobra onde a moto é suspensa, simulando uma montaria – a moto disse que era arriscado demais. Aliás, Bolsonaro só não desfila de jumento pelas ruas, porque não consegue montar em si mesmo.

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De todas as estultices que pensa, fala e faz, Bolsonaro dobra a aposta, desafiando a todos e colocando acima de tudo a sua vaidade. Ególatra convicto, viu no cargo de chefe maior de uma das maiores economias do mundo, a chance de brincar de ditador. Um sonho de criança que foi frustrado com o seu desligamento do Exército. Ele acredita ser amado e temido, quando, na verdade, ele é apenas a frequência da estupidez e da ignorância, através da qual o seu “gado” entra em sintonia e satisfaz a obscuridade que se manteve guardada por muito tempo dentro de suas mentes e corações.

Não temos um presidente. Temos um espírito obsessor que ataca o povo brasileiro dia e noite com a sua presença e atitude negativas, comprometendo a nossa existência de todas as formas possíveis. Não há mais o que falar a respeito de Bolsonaro. O próprio já deve estar de saco cheio dele mesmo. Ele deve passar horas tentando inventar uma nova maneira de chocar a sociedade. Essa é a sua política de governo. Vamos aguardar para saber onde será a sua próxima exibição e qual o grupo social a lhe prestar apoio.

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Pode ser que ele surja de tocha acesa em punho, desfilando para os aplausos da Ku Klux Klan de Porto Alegre ou erguendo uma lata de “leite moça” – tal qual fez com uma caixa de cloroquina – para o deleite dos viciados na iguaria. Ele também ir à Goiás, se encontrar com os apreciadores da picanha de 1.799 reais o quilo, que ele degustou recentemente em um churrasco pago com dinheiro público, enquanto milhões de brasileiros saboreiam o gosto da fome durante a pandemia.

Opções e cara de pau não lhe faltam. E é bom que aproveite enquanto pode. 2022 é logo ali e Lula estará lá, na presidência que hoje é ocupada por um déspota nem um pouco esclarecido, que, a cada dia que passa, acrescenta mais um balde de lama e uma pá de cal sobre o seu próprio destino.

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