Bolsonaro quer prender Witzel e Moro
"Witzel já sentiu o cheiro de queimado. Pediu salvo conduto ao STJ, que foi rejeitado. Sua liberdade está a perigo", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, acrescentando também a investida do governo contra Moro. "O PGR Augusto Aras faz um aceno a Bolsonaro: aquela história da vaga no STF, estou dentro!", afirma
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Passados 17 meses de governo, observa-se que o principal inimigo de Bolsonaro durante a campanha, Lula, não é mais alvo de seus ataques nem de suas preocupações, ao mesmo tempo em que dois de seus grandes aliados de então, Witzel e Moro, agora são seus maiores desafetos e aqueles que ele quer presos ou impedidos de disputar 2022.
Witzel já sentiu o cheiro de queimado. Pediu salvo conduto ao STJ, que foi rejeitado. Sua liberdade está a perigo. O sonho de 2022 ele pode esquecer – e talvez mesmo sua carreira política não tenha futuro.
Moro parecia estar a cavaleiro quando deixou o ministério da Justiça cuspindo fogo, e prestou um grande serviço à nação ao suscitar a divulgação da reunião ministerial de 22 de abril, que entrou para a história do Brasil, mas agora pode estar começando seu inferno astral.
Tudo indica que, ao requentar o caso Tacla Duran, que estava arquivado, o PGR Augusto Aras faz um aceno a Bolsonaro: aquela história da vaga no STF, estou dentro!
Era tudo o que Moro pedia a Deus para não acontecer. Refugiado na Espanha, o advogado Duran, ex-Odebrecht, vem disparando torpedos contra o ex-comandante da Lava Jato, conta histórias mirabolantes, mas ainda nebulosas acerca de propina que teria repassado a um amigo de Moro para não ser incomodado, pois, ao fim e ao cabo, ele teve que fugir do Brasil para não ser preso.
Mas, bem, ressuscitar uma história complicada como essa, envolvendo propina, certamente não vai fazer bem à imagem de super honesto de Moro, que é sua principal credencial para aspirar às eleições de 2022.
Veja como são as coisas. Há 17 meses, tudo indicava que Bolsonaro queria destruir Lula e o que vemos hoje é que Bolsonaro atua para realizar o maior desejo de Lula: ver Moro atrás das grades.
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