Bolsonaro quer fazer de Alexandre de Moraes o seu Sérgio Moro
"A ação de Bolsonaro é uma jogada político-eleitoral, porque Alexandre de Moraes estará presidindo o Supremo Tribunal Eleitoral à época das eleições"

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Cumprindo o roteiro, caso a tentativa de golpe não venha através de uma canetada, Bolsonaro apresentou notícia-crime contra o ministro Alexandre de Moraes da Suprema Corte.
O presidente alegou abuso de autoridade por parte Moraes no inquérito das fake news, no qual é investigado. Moraes é o relator do inquérito.
A notícia-crime foi rejeitada pelo ministro do Supremo, Dias Toffoli. "Considerando-se que os fatos narrados na inicial evidentemente não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito, nego seguimento", escreveu Toffoli na decisão.
Outro motivo para a rejeição foi a de que a maioria das alegações apresentadas por Bolsonaro é matéria de defesa, que deveriam ser apresentadas nos inquéritos aos quais o presidente responde.
Percebe-se que a ação de Bolsonaro é uma jogada político-eleitoral, porque Alexandre de Moraes estará presidindo o Supremo Tribunal Eleitoral à época das eleições.
A estratégia foi difundir um clima de suspeição de Moraes contra Bolsonaro, para municiar reações bolsonaristas tipo, “o presidente está sofrendo perseguição política” e “Moraes não pode presidir o STE porque é inimigo de Bolsonaro”.
Com base no vitimismo, Bolsonaro quer que Alexandre de Moraes seja para ele o que Sérgio Moro, juiz incompetente e parcial, foi para Lula.
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