Bolsonaro põe o 'Queiroz que deu certo' na Secretaria Geral da Presidência

O jornalista Mauro Lopes, editor do Brasil 247, escreve sobre a surpreendente nomeação de um funcionário do clã Bolsonaro para o primeiro escalão do governo, como secretário-geral da Presidência; o major da reserva da PM Jorge de Oliveira Francisco é funcionário da família há mais de 10 anos, como o seu pai antes dele, por 20 anos; "o lumpesinato toma conta da cúpula do governo Bolsonaro; agora temos um 'Queiroz que deu certo'; o governo escorrrega para uma aventura arriscada e sem precedentes"

Bolsonaro e o major da PM Jorge Oliveira
Bolsonaro e o major da PM Jorge Oliveira (Foto: Presidência da República)


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Por Mauro Lopes, para o  Jornalistas pela Democracia

O governo Bolsonaro estreita-se de uma maneira assombrosa.

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Nesta sexta-feira Jair Bolsonaro anunciou que um tal Jorge Antonio de Oliveira Francisco assumirá a Secretaria-Geral da Presidência da República. Trata-se de um PM, major da reserva, uma espécie de “Queiroz que deu certo” para o coração do governo e para um posto-chave do ponto de vista institucional da Presidência da República!

A mídia está vendendo o sujeito como “amigo da família” (o que já seria grave), mas na verdade o major é um funcionário do clã há mais de 10 anos, como o pai o fora antes, por mais de 20 anos. O mesmo desenho relacional do clã com subtenente da PM Fabrício José Carlos Queiroz, um faz-tudo da famiglia -que "tudo" este outro Queiroz, o major Oliveira, fez e faz para Jair, Carlos, Flávio e Eduardo?

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Bolsonaro rompe com todos os limites institucionais e vai compondo seu governo com um lumpesinato grotesco - ou, para usar a expressão do analista Artur Araújo, "o lumpen doméstico passa a ocupar os postos-chave", do queiroz-oliveira secretário-geral ao playboy arrombador de condomínio presidente do BNDES.

É um golpe arriscado. Como observa o jornalista e arguto analista Gilberto Maringoni, "ao contrário de Collor - que no início de sua crise ampliou, com um ministério de 'notáveis' - Bolsonaro nomeia notórios para seguir com o convescote".

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Aguardemos pelo histórico da relação do major-serviçal com o clã, o que em breve deve começar a vir à tona. 

A opção do estreitamento e radicalização de Bolsonaro tem tudo para, como se diz, dar ruim.

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