Bolsonaro, o inimigo número 1 da classe trabalhadora
Ele diz orgulhar-se de ter votado a favor da reforma trabalhista e ter sido o único deputado a votar contra a ampliação de direitos das empregadas domésticas
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Por Julimar Roberto
Toda semana, Bolsonaro solta ‘uma das suas’. Na última terça (4), ele afirmou que ser patrão no Brasil é muito difícil, fazendo referência às leis trabalhistas que, segundo ele, beneficia por demais as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros. A afirmação foi durante evento da Confederação Nacional da Indústria.
Essa fala elitista o acompanha desde sempre. Em junho desse ano, o ex-capitão disse “pedir a Deus” para não ser patrão no Brasil e que a CLT é muito boa para quem é empregado. A declaração foi dada a um grupo de apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
Em 2018, ele vociferou de novo durante coletiva a imprensa: “hoje em dia continua muito difícil ser patrão no Brasil”. Na oportunidade, defendia mais aprofundamento da reforma trabalhista em seu governo.
Durante a campanha presidencial, enquanto candidato, usou a mesma afirmação por inúmeras vezes. Ele diz orgulhar-se de ter votado a favor da reforma trabalhista e ter sido o único deputado a dar um voto contrário à ampliação de direitos das empregadas domésticas.
Para pôr fim ao seu inconformismo, já está sendo analisado o estudo que encomendou sobre possibilidades de mais alterações na Consolidação das Leis do Trabalho. Ao todo, o documento apresenta cerca de 330 intervenções, entre alterações e revogações que, segundo Bolsonaro, facilitarão a dura vida dos patrões.
Entre os principais pontos da proposta, estão o não reconhecimento do vínculo empregatício entre prestadores de serviços e empresas de aplicativos e a liberação dos trabalhos aos domingos para todas as categorias.
Desta forma, marchamos a passos largos rumo ao aprofundamento do retrocesso em décadas de lutas. Mas algo permanece muito errado, pois vemos muitos trabalhadores e trabalhadoras apoiando a reeleição de Bolsonaro, bem aos moldes do franguinho da Sadia que promove alegremente a empresa que o abate.
Mas esse discurso ainda necessita ser muito massificado. As pessoas precisam reconhecer seus papéis em nossa sociedade e saber da importância de cada um e cada uma em assumir sua responsabilidade na reconstrução do país.
Ainda tem jeito! Ainda dá tempo de salvar o Brasil e os brasileiros. Só depende de nós!
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