Bolsonaro muda de ideia e compra vacina “do Doria”
Jornalista Alex Solnik avalia o recuo do governo Jair Bolsonaro e o anúncio da utilização da vacinha chinesa contra a Covid-19. "Alguém deve ter soprado no ouvido de Bolsonaro que negócio de boicotar a vacina 'do Doria' era um gigantesco tiro no pé, inclusive no que diz respeito à reeleição"
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia
Alguém deve ter soprado no ouvido de Bolsonaro que negócio de boicotar a vacina “do Doria” era um gigantesco tiro no pé, inclusive no que diz respeito à reeleição, pois a vacinação em massa é fator decisivo para a retomada econômica e a retomada é fundamental para vencer nas urnas em 2022.
Ainda bem – para ele e para os brasileiros – que ele autorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuello a anunciar, agora há pouco, na reunião com os governadores, a compra de 46 milhões de doses da coronavac, que será distribuída nacionalmente, de graça, via SUS.
Não há dúvida que foi uma grande vitória do Doria, inesperada, inclusive, pois as negociações emperradas sugeriam que o governo teimava em ignorar as vantagens de vacinar a população o quanto antes e com o máximo número de vacinas possível, por razões puramente eleitoreiras.
Não importa para nós, brasileiros, se a vacina é da China ou da Cochinchina, se é do Doria ou do Bolsonaro, o que nos importa é que seja eficaz e segura.
E se ou Doria ou Bolsonaro tentarem tirar proveito político da vacina, será pior para eles.
Os eleitores não vão gostar.
Não estão fazendo nada mais que a sua obrigação.
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