Bolsonaro mentiu para faltar a debate

"Ele não vai a debates porque não tem condições intelectuais nem morais de debater, não por impedimento médico. Já no dia 23 de agosto, bem antes da facada, surgiram rumores de que ele não iria mais a debate algum", diz o colunista do 247 Alex Solnik, acrescentando que o chefe da equipe médica que cuida de Jair Bolsonaro, Antônio Luiz Macedo, disse que ele deixaria o hospital em "ótimas condições"; "Não é honesto, portanto, informar que ele não foi, ontem ao debate da TV Record, em virtude do seu estado de saúde"

Bolsonaro mentiu para faltar a debate
Bolsonaro mentiu para faltar a debate (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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Não há recomendação oficial dos médicos proibindo Bolsonaro de ir a debates. Ao contrário. Na última sexta-feira, Antônio Luiz Macedo, chefe da equipe médica que cuida dele disse que ele deixaria o hospital em "ótimas condições": "Logo ele se recupera e ele mesmo decide o que vai fazer". Questionado pelo repórter do G1 se havia orientação para ele não comparecer a debates o médico foi taxativo: "Não, não".

Ele não vai a debates porque não tem condições intelectuais nem morais de debater, não por impedimento médico. Já no dia 23 de agosto, bem antes da facada, surgiram rumores de que ele não iria mais a debate algum. "Ele está de saco cheio" soprou em off, na ocasião, um aliado, usando uma expressão típica do vasto e erudito vocabulário do ex-capitão.

Não é honesto, portanto, informar que ele não foi, ontem ao debate da TV Record, em virtude do seu estado de saúde. Isso só poderia ter sido feito se ele apresentasse o impedimento médico oficial, que não existe. Ele tem todo o direito de não ir a debates, mas o eleitor tem todo o direito de saber o motivo correto.

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A Record deveria ter solicitado a dispensa médica e se não a obtivesse deveria informar que o candidato faltou porque não quis ir. Não o fez porque o dono da emissora apoia explicitamente a Bolsonaro, o que a legislação não permite a concessionários de serviços públicos como o da telecomunicação.

Bolsonaro não foi para não apanhar ainda mais do que apanhou de Alckmin, Meirelles, Ciro e Haddad. O movimento #elenão foi citado por todos.

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O insuspeito Meirelles disse a Marina, sem ter sido provocado, que nenhum país democrático tem um presidente como Bolsonaro e que ele não gosta do bolsa-família, seu vice quer acabar com o 13º e o seu economista fala na volta da CPMF.

"Eu nunca vi um candidato a presidente dizer que vai governar só para os que podem" fuzilou Marina, passando a esculhambá-lo geral.

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O debate mostrou claramente que nem Marina, nem Alckmin, nem Meirelles e Ciro e Boulos muito menos vão apoiar Bolsonaro no segundo turno contra Haddad.

Nem com reza brava.

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