Bolsonaro: genocídio e corrupção!

"O presidente emprega parte substancial do seu tempo na busca de atalhos que o livrem da prisão. Quem governa o Brasil, hoje, é o Centrão de Arthur Lira e Ricardo Barros. São eles que tentam barrar a oposição parlamentar para 'passar a boiada' e impor a agenda neoliberal ao País", escreve o deputado federal Paulo Pimenta

Bolsonaro faz passeio de moto pelas ruas de Brasília no Dia das Mães
Bolsonaro faz passeio de moto pelas ruas de Brasília no Dia das Mães (Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters)


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A agenda que Jair Bolsonaro cumpriu neste primeiro semestre de 2021 nos informa que o presidente da República emprega parte substancial do seu tempo na busca de atalhos que o livrem da prisão.

A rigor, quem governa o Brasil, hoje, é o Centrão de Arthur Lira e Ricardo Barros. São eles que tentam barrar a oposição parlamentar para “passar a boiada”  e impor a agenda neoliberal ao País, com as privatizações, a alteração das normas de proteção ambiental e o esbulho das terras indígenas, para citar três exemplos recentes.

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Mussolini de moto - Enquanto isso Bolsonaro realiza motociatas, para animar sua squadra paramentada de negro para projetá-la na esfera digital. Reproduz a coreografia de Mussolini, buscando exibir uma força que já lhe escapa, agita em comício a figura lamentável de Eduardo Pazuello, general da ativa, e, quando interpelado, agride repórteres, particularmente mulheres.

O poder corrosivo das revelações da CPI da Covid-19 produz resultados visíveis na erosão da imagem do governo. O mais significativo – e espantoso – é ouvir de parlamentares da base de sustentação de Bolsonaro – os quais não se comoveram com mais de meio milhão de brasileiros mortos pela pandemia -- confessarem sua decepção com o governo a que servem por se tornar alvo de denúncias de corrupção.

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Nervosismo do genocida - Bolsonaro percebe inconformado, e aparentemente com surpresa, que os amigos vão se tornando ex-amigos. Os aliados, ex-aliados ou inimigos. Todos sabemos que não há pior inimigo que um ex-aliado, como assistimos na última semana com os irmãos Miranda prestando depoimento na CPI.

Talvez por tudo isso o presidente venha mostrando, em suas aparições públicas, um crescente nervosismo e agressividade.

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As manifestações de 29 de maio e 19 de junho introduzem um fator que andava ausente da disputa política: a presença massiva nas ruas das oposições lideradas pelas esquerdas.  Foram dois momentos fortes e o quadro de desgaste do governo estimulou a antecipação da próxima mobilização para sábado, 3 de julho.

Povo nas ruas - A mídia, hoje dividida em dois campos -- de um lado empresas que recebem os generosos estímulos da Secretaria de Comunicação de Bolsonaro e, de outro, as que estão sendo estranguladas por ele --  modificou a cobertura das manifestações. De uma atitude inicial de desdém, em 29 de maio, quando noticiaram o ato só dois dias depois, para uma cobertura mais digna do que se define como jornalismo, em 19 de junho, mais ampla e com repercussão mais significativa para o conjunto do país. Não há como ignorar o peso das duas manifestações sobre a complexidade e o ritmo da conjuntura.

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É perceptível que os blocos de sustentação do governo Bolsonaro se movem. diante das manifestações e das primeiras pesquisas – presenciais – publicadas nos últimos dias. As pesquisas dão notícia da curva declinante das avaliações sobre o desempenho do governo e apontam, nesse momento, um forte crescimento das opções eleitorais em favor do seu principal adversário, o ex-presidente Lula.

Abandono do genocida - Particularmente o segmento mais popular que ainda apoia Bolsonaro – os eleitores evangélicos – tido e havido como seu reduto cativo, dá mostras de que escapou do redil, informam as pesquisas, para apoiar Lula, que já ultrapassa o atual ocupante do Palácio do Planalto. Esse segmento passará a pressionar seus líderes, pastores e bispos no sentido contrário ao visto até agora, desde a eleição de 2018.

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No topo da pirâmide, parte do grande capital se move no sentido de abandonar o presidente depois da proposta de reforma tributária apresentada pelo ministro Paulo  Guedes, que retoma a taxação de lucros e dividendos.

Os movimentos do vice-presidente, general Hamilton Mourão, deixam escapar que, entre os fardados, a aparente unanimidade do apoio ao governo esconde uma crise real. O escândalo da Covaxin que explodiu na última semana aprofunda as contradições entre parcelas importantes das três armas, insatisfeitas com a identificação da imagem das instituições que representam com um governo declinante, mergulhado em crises sucessivas.

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As mais recentes delas, revelada pela CPI, articula a condução desastrosa das políticas de saúde pública frente à pandemia da Covid-19 com escândalos de corrupção que envolvem o próprio líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), bem como o envolvimento do diretor de Logística do Ministério da Saúde em processo suspeito de aquisição da AstraZeneca, envolvendo proposta inicial de propina de U$1,00 por dose adquirida.

Frente a este cenário, só há uma forma de barrar o disparate de um governo genocida e corrupto: a força dos setores democráticos e populares organizados nas ruas.

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Nesta quarta-feira (30) será protocolado na Câmara dos Deputados o superpedido de impeachment de Bolsonaro. Um documento que vai aglutinar todos os crimes de Bolsonaro contido em 120 pedidos de impeachment. .

No sábado (3), as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, junto com a Coalizão Negra, centrais sindicais, partidos políticos, igrejas, movimentos sociais e populares, voltam às ruas para defender o direito do povo brasileiro à vida!

Vamos juntos!

#VacinanoBraçoComidaNoPrato

Fora, Bolsonaro! Impeachment Já!

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