Bolsonaro fez Lula deixar saudade

Eduardo Guimarães diz que o desastre bolsonarista fez com que a "mídia golpista" e os EUA aderissem a Lula: 'com apoio, Lula poderá fazer um mandato histórico'

Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de diplomação em Brasília
Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de diplomação em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


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Em 31 de dezembro de 2022, chega ao fim o período mais dramático da história recente do país. Agora, não haverá mais que suportar a mediocridade, a ignorância, a perversidade, a insensibilidade, a insanidade, a indolência, a irresponsabilidade e a desonestidade daquele que conclui seu infame reinado de terror afrontando e oprimindo a sociedade que o elegeu.

Muitos dirão, cobertos de razão, que a lucidez que o horror bolsonarista inoculou na Sociedade Brasileira e na Comunidade das Nações não compensa todo o mal que fez e que jamais será desfeito, já que as vidas que ceifadas por Bolsonaro não serão recuperadas. 

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Todavia, a ruína bolsonarista teve um mérito -- se é que se pode chamar assim o fato de que ele foi tão ruim que obrigou os setores mais equivocados da nossa sociedade a despertarem para a vida. 

Apesar dos delírios neoliberais de editorialistas da grande mídia, o atual conjunto da obra dos antigos quatro cavaleiros do apocalípse daquela que era conhecida como mídia golpista mostra que a sociedade  amadureceu. 

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Organizações Globo, Grupo Folha, Grupo Estado e a revista Veja abandonaram o antipetismo virulento que derrubou Dilma Rousseff e encarcerou Lula por 580 infames dias. E, por incrível que pareça, o veículo que mais se aproximou de Lula, que tem lhe feito os maiores elogios e lhe dado tratamento literalmente VIP é o veículo que mais combateu o PT desde 1989 até que Bolsonaro começasse a fazer a sociedade, como um todo, comparar a era petista de Lula e Dilma com a realidade bolsonarista. 

Um dos maiores desafetos do PT na mídia, o colunista da Globo Demétrio Magnoli, por exemplo, chegou a fazer um mea-culpa sobre o golpismo midiático que derrubou Dilma, ainda que arrume desculpas para o que fez. Mas admitir que foi errado derrubar a ex-presidente é um grande passo. 

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E os Estados Unidos? Bolsonaro fez os Estados Unidos aderirem à legalidade, à racionalidade e à democracia também para além de suas fronteiras. Claro que Donald Trump, com miséria moral e intelectual equivalente à de Bolsonaro, ajudou. Mas todos sabemos que sem o Império proibir o golpe militar que Bolsonaro queria dar, Lula não estaria tomando posse da Presidência em 1º de janeiro de 2023.

Entre a classe política, desafetos históricos de Lula e do PT e ex-aliados deles que se converteram em inimigos políticos, tais como Marina Silva, Fernando Henrique Cardoso, grande parte do PSOL , entre outros, "lularam" ao se darem conta de como o Brasil era feliz com Lula e seu partido.

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Enfim, se os dois primeiros governos de Lula foram tão bons apesar da sabotagem da mídia e de grande parte da classe política, com o apoio e a simpatia dessa mídia e desses mesmos políticos de direita e esquerda, o novo presidente do Brasil poderá fazer um mandato histórico, levando este país aonde deveria estar há muito tempo. Comemoremos, pois.

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