Bolsonaro está derrotado moralmente. É preciso derrotá-lo politicamente

"A derrota moral é o prelúdio da derrota política. Ela tem que vir com apoio generalizado na sociedade, como uma derrota política acachapante", diz Emir Sader

(Foto: Isac Nóbrega/PR/Fotos Públicas)


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Por Emir Sader

A menos de 100 dias do primeiro turno, Bolsonaro está moralmente derrotado. Se juntam uma série de questões negativas para ele, que fazem com que ele não tenha mais condições de governar.

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Não tem antídotos para a grave crise econômica, para a inflação, para o desemprego, para nada. Só toma uma que outra medida que acredita que poderia diminuir seu nível de rejeição de 55%.

Com que conta Bolsonaro para tentar sobreviver? Com que a direita ainda aposta nele. O único setor em que ele tem ampla maioria, é o dos empresários. O que significa isso? Que, apesar do governo desastroso que ele fez, atendeu as necessidades do grande empresariado. Privatizou empresas, desregulamentou a economia, forneceu créditos, promoveu os valores do liberalismo econômico.

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E, como complemento indispensável, atacou a democracia, os movimentos sociais, as mulheres, os negros, os jovens, os LGBT, os intelectuais, as universidades - tudo o que expresse liberdade, diversidade, democracia. Faz o discurso do ódio, da violência, das armas.

Sua derrota no dia 2 de outubro representará a derrota disso tudo e dos que estão ainda com ele, civis ou militares, religiosos ou não. Ele não tem mais discurso, não consegue conquistar apoios novos, está isolado, desmoralizado, pelos sucessivos reveses que está sofrendo.

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A derrota moral é o prelúdio da derrota política. Ela tem que vir com um apoio generalizado na sociedade, como uma derrota política acachapante. 

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