Bolsonaro espalha vírus da mentira, da desinformação e da ignorância
"Sempre que o presidente Bolsonaro abre a boca para falar ele só contribui para piorar ainda mais o ambiente político, social e econômico do Brasil", avalia o jornalista Alex Solnik, sobre a entrevista coletiva que Bolsonaro concedeu na tarde desta quarta-feira (18) no Palácio do Planalto
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia
Sempre que o presidente Bolsonaro abre a boca para falar ele só contribui para piorar ainda mais o ambiente político, social e econômico do Brasil.
A história se repetiu na entrevista coletiva que concedeu agora há pouco no Palácio do Planalto.
Se tivesse acontecido num estádio de futebol ele teria recebido uma estrepitosa vaia ao dizer que o governo “está ganhando de goleada”. Está ganhando de quem se o dólar não para de subir, a Bolsa cai como nunca antes e as previsões de crescimento do PIB para este ano já beiram o zero?
Além de cometer essa bazófia, teve a ousadia de pedir aplausos para si próprio, como “técnico da equipe”.
Segundo ele, se a imprensa fala bem de sua equipe deveria falar bem dele também.
Fazia referência aos elogios dirigidos nos últimos dias ao seu ministro da Saúde, nem sempre justos, mas é óbvio que em meio a tantas nulidades do ministério quando aparece alguém falando coisa com coisa passa a ser classificado como divino mestre.
Os erros que cometeu foram inúmeros. Usou máscara, assim como os ministros que o acompanhavam contrariando o protocolo mundial que recomenda o uso somente a quem tem sintomas e de forma adequada. Além disso, ele e os ministros, inclusive o da Saúde, tiravam e colocavam a máscara de volta, o que também afronta o bom senso e os códigos da Medicina.
Respondendo à pergunta da repórter Délis Ortiz, da TV Globo, não expressou arrependimento pelo que fez domingo passado, expondo-se e expondo a risco de contaminação os populares que viram bajulá-lo com abraços, beijos e selfies.
Para piorar, mais uma vez desqualificou uma das orientações do ministério da Saúde – evitar aglomerações – ao criticar o governador Witzel por mandar esvaziar as praias.
E ainda prometeu andar de metrô lotado ao lado do povo.
Enfim, mais um desastre que não levantou o ânimo de ninguém, não vai reverter as curvas da Bolsa e do dólar e deixa claro, de novo, que a crise vai ser mais longa e mais dolorosa graças principalmente a ele.
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