Bolsonaro elege presidente do Senado com voto de cabresto
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia - Os senadores bolsonaristas descumpriram a decisão do presidente do STF, Dias Toffoli de que a eleição para a presidência do Senado deveria ser secreta.
Alegando que não se poderia cassar a "liberdade" de quem quisesse abrir o seu voto, os eleitores do candidato de Bolsonaro – Davi Alcolumbre, o mais despreparado de todos – passaram a abri-lo, constrangendo supostos aliados de Bolsonaro que planejavam votar em Renan. Quem não abrisse o voto ficaria sob suspeição.
Foi a reedição do voto de cabresto da Velha República. O capataz acompanhava os empregados da fazendo até à urna e eles tinham que mostrar em quem votaram.
Ao perceber a manobra que o levaria inevitavelmente à derrota, Renan retirou sua candidatura em meio à votação, criando mais um impasse.
Logo a seguir, Esperidião Amin, também candidato exigiu que a votação começasse de novo pois muitos eleitores já haviam votado e quem votou em Renan perdeu o voto. Além disso, até então a polarização se dava entre Renan e Alcolumbre.
Haveria, a ser assim, uma terceira votação. A primeira foi anulada ao ser constatado haver 82 votos para 81 senadores. A mesa, no entanto, continuou a votação, o que poderá gerar um novo questionamento ao STF.
O detalhe mais sinistro do dia foi constatar que os senadores tucanos abriram seus votos e votaram no candidato de Bolsonaro.
Pelo que se viu hoje, aquela ideia de "fechar o STF com um cabo e um sargento" não foi abandonada pelos bolsonaristas.
P.S. Escrevo estas linhas enquanto a votação ainda prossegue; mas com Renan fora da disputa a vitória dos bolsonaristas não pode ser evitada.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247