Bolsonaro é problema do PT
"A quatro dias da eleição não há mais tempo para ganhar com argumentos nem propostas. Só tem um jeito de tirar pontos de quem está à sua frente numa campanha eleitoral: batendo nele", escreve o colunista Alex Solnik; "Ou Haddad abandona seu estilo boa praça e bate para valer em Bolsonaro nesses últimos dias, mostra que tem força, energia e disposição para varrer o fascista do mapa ou corremos o sério risco de acordar na próxima segunda-feira dentro de um pesadelo"
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No começo do ano, Lula definiu que não iria bater em Bolsonaro: "Vou deixar que os outros façam isso". E o PT não deu a menor bola para o candidato fascista. Mais do que isso: o escolheu como adversário preferencial no segundo turno, aquele que seria mais fácil derrotar, por isso o alvo dos ataques passou a ser Alckmin.
Quando entrou na campanha, Haddad fez coro a Lula: "Bolsonaro é problema do Alckmin".
Lula e o PT deixaram o dragão da maldade livre, leve e solto. Deixaram a fera crescer. E agora ela ficou grande demais. Alckmin não deu conta do recado.
A quatro dias da eleição não há mais tempo para ganhar com argumentos nem propostas. Só tem um jeito de tirar pontos de quem está à sua frente numa campanha eleitoral: batendo nele.
Ou Haddad abandona seu estilo boa praça e bate para valer em Bolsonaro nesses últimos dias, mostra que tem força, energia e disposição para varrer o fascista do mapa ou corremos o sério risco de acordar na próxima segunda-feira dentro de um pesadelo.
Haddad tem que bater o pau na mesa no debate da Globo. É sua última chance. Ele tem de parar de se defender e atacar o inimigo como o PT sempre soube fazer.
Bolsonaro e seus asseclas estão chamando seus eleitores para ganhar no primeiro turno. O Datafolha, no qual ele está com 32% mostra que ele precisa de mais 11 pontos apenas. Com 43%, descontados nulos e brancos, o cara se elege. Por mais impossível que pareça, isso pode acontecer.
Há mais ou menos um mês as pesquisas revelam um quadro em que somente os dois candidatos da ponta – Haddad e Bolsonaro – apresentam momentos de crescimento, enquanto os outros três – Ciro, Alckmin e Marina – estão parados. Somente os dois da ponta brigam. É uma situação muito similar a um segundo turno. O eleitor quer um ou outro.
Se os eleitores bolsonaristas de Alckmin, Amoedo, Meirelles, Álvaro Dias e Marina resolverem migrar para ele agora em vez de esperarem o segundo turno, já era.
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