Bolsonaro e Moro, Irmãos Siameses em Divórcio

O Divórcio será feito de forma litigiosa, com acusações, com ameaças, e, no estilo Moro, com sordidez, como apresentar conversas com sua afilhada de casamento, aquela que fez do seu casório uma festa para seu padrinho, de tanta devoção ao ex-juiz



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Moro é o Protótipo da Classe Média.

Moralista, juiz incorruptível usou as leis para PUNIR os criminosos, especialmente os poderosos, que expôs ao país a corrupção estatal e das empresas privadas, tudo isso desde uma pequena vara federal em Curitiba. Casado com uma advogada, vida simples e sem ostentação.

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É essa a imagem construída, quase como um conto de fadas, só faltou a cena dele num cavalo brando conquistando sua amada “conja”.

Olhando mais de perto há enormes lacunas nesse currículo, que não serão respondidas no calor midiático e de cegueira coletiva, os fins da lava jato, justificaram qualquer meio espúrio, inclusive a miragem de quem é o seu principal personagem.

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A corrupção jamais foi o mote da Lava Jato, ao contrário, a dominou, em nome do combate à corrupção, de produzir manchetes, cavar espaços, ampliar possibilidades de palestras, até vagas em governos, tudo isso é dito e confessado na #Vazajato.

Voltemos ao ex-juiz, há sempre incertezas, desde sua formação acadêmica e seu ingresso na magistratura, as línguas que domina, que estão na plataforma Lattes, até suas decisões, seu método de formar “convicções, ainda que não haja provas”. A sua atuação nas investigações do Banestado, até a sua entrada definitiva nos holofotes da Lava Jato.

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Bolsonaro é o inverso do outro irmão.

É um militar que foi aposentado aos 33 anos, com a patente de Capitão, sem dizer a razão de ter sido reformado tão jovem, seria didático se saber, como e por quê. Entra para política como a “voz dos milicos”. Foram oito mandatos seguidos de deputado federal, como Zero produtividade, se celebrizava pela falta de educação, postura e de que era a imagem do baixo clero.

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Entretanto criou uma base sólida de votos e apoios, uma personificação de alguém que não era do Sistema, que lutava contra ele, incorruptível, mesmo que usasse das mamatas dele, vide as verbas de gabinete que ele confessa que usava para “comer gente”.

Esse personagem histriônico, quase folclórico, virou uma “blend”, uma marca, Bolsonaro tem um Presidente, um Senador (01) pelo Rio de Janeiro, Um Deputado (03) mais votado por São Paulo e um Vereador (02) pelo Rio de Janeiro, sim, um “pegador” (04), que ainda não tinha idade para cargos.

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A família que odeia o Estado, o estatismo, a Política e a Democracia, vive de …Política. Definitivamente a terra não é plana.

Para além disso, na esteira de Bolsonaro, se elegeram governadores, como Dória (Bolso-Dória), um juiz desconhecido, no Rio de Janeiro, Witzel, entre tantos outros, deputados, senadores.

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O Casamento Fatal, Moro e Bolsonaro, sob o Mote: Contra a Corrupção, o casal que salvará a Pátria, vestida com camisas falsas da CBF.

Desde 2013, o Brasil, entrou numa espiral de baixa estima, sempre em queda. As tais jornadas despertaram um personagem sórdido, o tal gigante, sem nenhum caráter, moralista, analfabeto funcional, egoísta e arrogante. Esse sentimento ruim levou o país à lona.

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Algumas instituições sem nenhum apego à democracia cresceram enormemente nesse sentimento punitivo, atávico, sem discernimento, cujo mono tema é a Corrupção e esta, foi colada no PT, talvez o único partido que tenha efetivamente combatido a corrupção, mesmo que tenha transacionado com ela, com seus agentes, pela governabilidade.

Sem nenhum pudor, personalidades como Temer, Aécio, Eduardo Cunha, viraram estrelas no processo de caçada ao PT.

Porém crescia a imagem dos dois personagens paralelos, Moro e Bolsonaro. Cada um ao seu turno, trabalharam conjuntamente, se sobrepondo à Constituição, às leis, justificados pela guerra santa à Corrupção. Santificados e incensados pelas Mídia.

A tempestade perfeita. Lava Jato e moralismo no Congresso.

O encontro entre eles resultou no impedimento de uma candidatura de Lula à presidência, tenho dúvida se mesmo com ele concorrendo, Bolsonaro não venceria, do meu ponto de vista, Haddad cumpriu um papel muito grande em ir ao segundo turno.

De toda sorte, a não candidatura de Lula, abriu espaço para o crescimento de Bolsonaro nas classes populares, na periferia, pois seu linguajar, a imagem de durão, tem apelo real, de que ele não é (era) do Sistema, assim como Lula, também é visto.

Moro foi essencial ao jogo político, decisivo no destino do Brasil, a condenação “sem provas, mas com convicções” é um clássico digno de Maquiavel.

A ida ao governo, sem antes, aqui entra o lado B da classe média, exigir uma vantagem (indevida) para deixar a magistratura. A classe média reclama da corrupção, mas ama um jeitinho, uma vantagem, inocente, como se fosse portadora de algo especial, seu espírito cívico esbarra na conta do cabeleireiro.

Bolsonaro tem traquejo político, com seus filhos numerais, encontraram em Moro um “veio moral”, que pudesse apagar as relações familiares com milicianos, personagens menores de pequenos golpes, como as “rachadinhas” de gabinetes, comportamento típico de baixo clero, de parlamentares que não fazem parte do jogo real do poder e fica com as sobras.

A atuação de Moro no ministério da justiça foi um enorme fracasso, nada digno de nota, basta lembrar que no seu discurso de demissão, gastou dois minutos sobre o que fez, e 38 minutos fazendo uma delação premiada. Nada mesmo que possa ser lembrado, uma marca qualquer que seja, um fiasco que será esquecido, apenas porque a mídia é amiga.

A vantagem (indevida) não se sabe se concretizada será tema do divórcio, quase uma pensão alimentícia, uma indenização por danos morais, pois o conge lhe atrapalhou a carreira, impediu sua ida triunfal ao STF, por enquanto.

O Divórcio será feito de forma litigiosa, com acusações, com ameaças, e, no estilo Moro, com sordidez, como apresentar conversas com sua afilhada de casamento, aquela que fez do seu casório uma festa para seu padrinho, de tanta devoção ao ex-juiz.

Moro tem a proteção da Globo, a fidelidade canina, nenhuma pergunta incômoda, nenhuma explicação sobre seus crimes, nenhum questionamento sobre a conduta, nem mesmo se as mensagens de print eram de “supostas conversas”, como fez na #vazajato. Ao amigo tudo, aos inimigos a destruição de reputação.

Pelo lado de Bolsonaro, além da máquina estatal, a força da máquina de moer das redes sociais e suas fakenews usadas à exaustão, que Moro finalmente vai experimentar contra si, já que usou tanto contra Lula, Dilma, o PT.

Dessa separação, um não viverá, um será tragado, façam suas apostas.

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