Bolsonaro e Doria disputam São Paulo mirando 2022

"A disputa em São Paulo se dá entre o governo federal (Bolsonaro) e o estadual (Doria), oponentes em 2022", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia. "O candidato de Bolsonaro, Celso Russomanno (Republicanos) lidera com 24% e o pupilo de Doria, Bruno Covas (PSDB) é o segundo, com 18%", acrescenta

Jair Bolsonaro e João Doria
Jair Bolsonaro e João Doria (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | GOVSP)


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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Em 2016, nas eleições a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) ficou em segundo lugar, com 16%.

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Em 2018, nas eleições ao governo de São Paulo, o candidato do PT, Luiz Marinho, ficou em quarto lugar na cidade de São Paulo, com 16%.

Ainda em 2018, nas eleições presidenciais, o candidato do PT, Fernando Haddad ficou em segundo lugar na capital, com 16%.

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Esses resultados mostram o tamanho do eleitorado petista na maior cidade do país há dois anos: 16%.

Nesta que será a primeira eleição desde então, pesquisas como a do Ibope deste final de semana apontam eleitorado petista ainda menor.

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Jilmar Tatto aparece com 1%, o menor número da história do PT, indicação óbvia de que os eleitores petistas já o trocaram por Boulos (PSOL), que está em terceiro lugar, com 8%.

Ainda assim, somados, os dois candidatos marcam 9%. Pouco mais da metade do eleitorado petista em 2018.

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Feita a ressalva de que isso não é o prognóstico do que vai acontecer nas urnas a 15 de novembro e sim o retrato da situação no dia em que a pesquisa foi realizada, na semana passada, temos que a disputa em São Paulo se dá entre o governo federal (Bolsonaro) e o estadual (Doria), oponentes em 2022.

O candidato de Bolsonaro, Celso Russomanno (Republicanos) lidera com 24% e o pupilo de Doria, Bruno Covas (PSDB) é o segundo, com 18%.

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Coincidentemente, Doria e Bolsonaro já receberam 53% dos votos em São Paulo – Doria em 2016, para prefeito e Bolsonaro em 2018, para presidente da República. Mas Doria caiu para 26% em 2018, nas eleições a governador.

Impossível não constatar que os 8% do Boulos vêm do eleitorado petista, já que nem ele nem sua vice, Luiza Erundina (PSOL), foram bem votados em São Paulo nas últimas eleições que disputaram: ela teve 3% em 2016, para prefeita e ele 0,80% em 2018, para presidente da República.

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Márcio França também encolheu: em 2018 teve 22% em São Paulo nas eleições a governador e agora aparece com apenas 6%. Seu candidato a presidente em 2022, Ciro Gomes, não tem força em São Paulo para impulsioná-lo.

Russomano, que tem sido o cavalo paraguaio das últimas eleições agora vem com dois padrinhos de peso: Bolsonaro e Edir Macedo.

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Eis porque Bruno Covas terá de duelar contra o próprio Russomano, contra o presidente da República e contra o chefe da maior igreja evangélica do país. Sem contar Roberto Jefferson, cujo PTB indicou o vice de Russomano.

Não é pouca coisa para quem está no começo da carreira política e tem a seu lado um governador que a cidade de São Paulo não perdoou por ter usado a prefeitura como trampolim político e a quem Bolsonaro deseja derrotar mais que a ninguém.

Conquistar São Paulo será etapa importante para garantir sua reeleição.

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