Bolsonaro aposta no caos e estimula greve dos caminhoneiros
"Ele aposta no caos e na guerra de todos contra todos pela sobrevivência. O Brasil poderá viver em breve uma soma macabra: o caos sanitário e o colapso da economia. Uma crise retroalimentando a outra", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247
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A economia brasileira está prestes a entrar em colapso. Recebi vídeos de caminhoneiros bolsonaristas, que ameaçam fechar estradas se o comércio não reabrir suas portas. Dizem eles que a classe média sairá às ruas por falta de alimentos e de produtos essenciais nas prateleiras.
Os caminhoneiros também alegam que estão trabalhando em condições precárias e que nos postos de gasolina não há banheiros limpos nem restaurantes funcionando adequadamente. Dizem que, se é para parar, eles também farão o mesmo e fecharão as estradas.
Isso indica que, desta vez, o Brasil poderá ter uma greve de caminhoneiros estimulada pelo governo para forçar a sociedade a voltar ao trabalho, a despeito dos riscos decorrentes da pandemia do coronavírus. Será totalmente diferente da anterior, que foi contra preços do diesel.
Em paralelo, o governo lança a campanha publicitária “O Brasil não pode parar”. Isso significa que Bolsonaro decidiu dobrar a aposta e partir para o tudo ou nada. De um lado, estimula caminhoneiros a parar. De outro, faz terrorismo contra a sociedade que deveria proteger.
Tivesse o Brasil um governo sério e comprometido com a saúde da população, teriam sido adotadas as medidas de isolamento recomendadas pelas autoridades sanitárias, renda mínima e um plano para garantir o abastecimento e condições de trabalho adequadas para os caminhoneiros.
Mas não é esse o projeto de Bolsonaro. Ele aposta no caos e na guerra de todos contra todos pela sobrevivência. O Brasil poderá viver em breve uma soma macabra: o caos sanitário e o colapso da economia. Uma crise retroalimentando a outra.
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