Bolsonaro admite: queria na PF alguém com quem pudesse “interagir”
"Jair Bolsonaro disse que 'o governo continua' e jogou pedras em Moro, mas admitiu que na última conversa com o ministro pediu na chefia da PF alguém 'com quem pudesse interagir'”, escreve o jornalista Alex Solnik sobre o pronunciaento de Bolsonaro
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia
Quando vi aquele batalhão de ministros e de adeptos, dentre os quis seu filho Eduardo e o amigo Helio “Negão”, todos juntos, sem obedecer ao distanciamento, com o ministro da Saúde ali, com a cara mais amarga do mundo, além da Damares, dos militares, do Mourão, de Paulo Guedes com máscara, o nunca presente Marcos Pontes também estava lá, pensei que Bolsonaro iria renunciar, como Fernando Henrique tinha implorado no twitter ainda hoje (“renuncie antes de ser renunciado”), mas ele disse que “o governo continua” e jogou pedras em Moro, mas admitiu que na última conversa com o ministro pediu na chefia da PF alguém “com quem pudesse interagir”.
Disse a mesma coisa que Moro disse: que ele queria acesso direto à PF, a investigações sigilosas, principalmente as que envolvem seus filhos.
Na conversa final, disse Bolsonaro, Moro até concordou em tirar Mauricio Valeixo do cargo, “mas só em novembro depois que me indicar ao STF” ou contanto que Moro indicasse o substituto.
“Por que tem que ser o seu nome e não o meu”? reagiu Bolsonaro.
E completou: “Eu queria alguém que eu possa interagir com ele”.
Confessou o crime.
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