Bolsonaro acusa governadores: “querem minha cadeira”
"Todos sabem que isso não passa de provocação, os governadores (ele deve ter pensado em Dória e Witzel) não são os primeiros a sofrerem tal imputação inconsequente, nenhum governador está interessado em arrasar a economia para tirar Bolsonaro, como ele supõe", escreve o jornalista Alex Solnik
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia
Na tarde deste sábado, em visita a uma cidade nas proximidades de Brasília, o ainda presidente disse, numa esquina, para um pequeno público, num comício improvisado, que se fosse por ele todos já estariam trabalhando, no que foi aplaudido pela plateia e em seguida mais uma vez culpou os governadores pelas consequências da quarentena, mas pela primeira vez sugeriu o suposto motivo:
“Querem a minha cadeira”...
Todos sabem que isso não passa de provocação, os governadores (ele deve ter pensado em Dória e Witzel) não são os primeiros a sofrerem tal imputação inconsequente, nenhum governador está interessado em arrasar a economia para tirar Bolsonaro, como ele supõe, nem há governador tramando golpe contra ele, nem teria como, todos estão lutando contra o covid-19, mas ele não perde oportunidade de rachar seu próprio governo, desautorizando a toda hora seu ministro da Saúde, que defende isolamento social, mas não com aquela veemência do seu antecessor, e dessa forma dividindo o país, que não sabe a quem seguir, ao ainda presidente ou ao ainda ministro e de culpar os outros pelos seus próprios fracassos.
Já está evidenciado que o combate ao covid-19 no Brasil fracassou e que o grande culpado pelo fracasso é ele, que nunca assumiu e continua não assumindo a liderança do maior problema planetário, numa demonstração inequívoca de que não é líder de coisa alguma, não sabe o que fazer e tenta atrapalhar os governadores, que estão fazendo.
A troca de ministro da Saúde em meio à pandemia foi um desastre, o ministro atual é um zero à esquerda que nem sabe onde comprar respiradores, não tem agilidade nem está apto a enfrentar os grandes desafios que o esperam e tudo indica que não vai durar, pois desde que assumiu diz sempre a mesma coisa, que está estudando isso e aquilo, mas não oferece medidas concretas, deixando a população completamente insegura, enquanto o ainda presidente lava as mãos.
Desde que a crise começou ele assumiu o papel de quem assiste aos acontecimentos de camarote, como se não fosse com ele, não o vemos ocupado e reunido com especialistas em busca de soluções, continua viajando e fazendo visitas como se nada houvesse, sempre sem máscara, sempre se expondo e expondo a população a aglomerações e, quando visita, em vez de visitar hospitais vai a quarteis, onde, ao que consta não há doentes.
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