Bolsonaro, a esquerda "fique em casa" e a esquerda revolucionária

Bolsonaro se prepara para todos os cenários possíveis nos próximos 18 meses, já uma parte de esquerda age como se tudo fosse ser resolvido nas eleições de 2021

(Foto: Alexia Martins/Mídia NINJA)


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Nosso país anda em corda bamba. Bolsonaro anda mobilizando sua base, e não para simples fins eleitorais, não: o fascista agita seus apoiadores como quem prepara o moral de um exército. Os seguidores de Bolsonaro são elementos das forças repressivas: policiais, oficiais do exército, guardas, seguranças privados da cidade e do campo. Uma receita que resulta não nas eleições de 2022, mas sim num possível golpe de estado ou guerra civil. A extrema-direita não brinca em serviço e sabe que precisa lutar nas ruas para garantir sua sobrevivência.

As direções da esquerda, por outro lado, olham a situação política atônitas, como se vivessem em outro país. Buscam uma frente com o centrão que alimentou, educou e vestiu a extrema-direita, como se isso fosse trazer algum resultado. Como dependentes químicos, vivem em um mundo imaginário e vão contra o próprio bem-estar para suprir o vício eleitoral. A solução para derrubar Bolsonaro está bem diante dos olhos, basta abrir a porta e ver: milhões de trabalhadores à espera de um comando para atacar.

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Por sorte não dependemos somente daqueles que reivindicam para si o título de dirigentes populares, pois as tendências históricas são mais fortes que qualquer indivíduo ou partido que se recusa a desempenhar o papel que ocupa. Esses partidos e dirigentes que não se decidiram em travar a mais ferrenha luta com o fascismo e o golpismo serão atropelados pelas massas populares, estas sedentas pela vitória contra a extrema-direita. É isto que estamos vendo nos atos de rua; começando pelo 1º de maio passando pelo dia 29 e agora o dia 19 de junho. As direções estão sendo empurradas para fora de casa. Boulos, um farsante profissional que até ontem era veemente contra as manifestações – claro que quando se tratou de sua campanha eleitoral para prefeito da capital paulista a coisa foi diferente – chegando a dizer que “sairia às ruas assim que a pandemia acabasse”, hoje tenta usurpar as manifestações, mas não consegue do povo nada mais do que indagações quando sobe no carro de som: “Esse não é o barbudo do não vai ter copa? Cadê o Lula?”. Boulos e cia. vão precisar de muita manobra para tirar do currículo o fato de que esperaram morrer 500 mil brasileiros antes de sair às ruas, e que não teriam saído não fossem ameaçados de extinção caso não o fizessem.

As manifestações estão cada vez maiores, no Rio de Janeiro chegou a dobrar de tamanho. Nosso Partido, o Partido da Causa Operária, que travou uma luta incansável contra os oportunistas covardes como Guilherme Boulos, inimigos das mobilizações, fazendo mobilizações todos os finais de semana durante a pandemia, realizando sozinho o 1º de maio, agora trava mais uma luta contra esses mesmos farsantes que querem pintar de verde-amarelo as manifestações, jogando água na pólvora popular e abrindo ala para a infiltração da direita. Nossa tarefa é clara: impulsionar o movimento através dos comitês de luta nas fábricas e nos bairros populares. Os atos devem ser organizados da maneira mais democrática e ampla – nada de golpistas e direitistas – para impedir esse tipo de manobra. Por isso, o PCO se mantém intransigente no uso do vermelho, na agitação e na propaganda revolucionária. Bolsonaro se prepara para a guerra e nós também, a história está do nosso lado e mostrará quem é o mais implacável dos dois.

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