Bolsonaro: 365 dias de destruição

"Ao lado de Guedes, Moro, Salles e outros ministros, implantou uma pauta de ataque aos direitos da população, em especial das camadas mais pobres, e preparou as bases para mais três anos de desmonte do Estado e terror contra os pobres"

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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Em apenas um ano, Bolsonaro agiu, incansavelmente, para cumprir a promessa que fez nos EUA logo no início de seu mandato: desconstruir o país.

Ao lado de Guedes, Moro, Salles e outros ministros, implantou uma pauta de ataque aos direitos da população, em especial das camadas mais pobres, e preparou as bases para mais três anos de desmonte do Estado e terror contra os pobres.

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Na educação, foram os cortes de recursos, descaso com o Fundeb e o ataque direto à pesquisa e às próprias universidades e institutos federais, através de acusações descabidas e desqualificação de nossas instituições de ensino.

Também, na saúde, mais cortes e a expulsão dos médicos cubanos, deixando milhões de pessoas sem atendimento.

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Na seguridade, a reforma da previdência, prejudicando os mais pobres e mantendo as regalias do judiciário e da elite dos militares.

Além da destruição do mercado de trabalho formal, criando um ambiente de terror e instabilidade onde a saída seria, segundo as mentiras do governo, o fim dos direitos constitucionais e trabalhistas.

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O custo de vida aumentou: carne, combustíveis, gás de cozinha e serviços básicos mais caros, enquanto a renda caiu e as desigualdades voltaram a aumentar.

No meio ambiente, o desastre total.

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Amazônia em chamas, praias com manchas de óleo e a farra do veneno, sem falar nos ataques aos institutos de pesquisa, aos parques nacionais e até ao INPE, por denunciar o desmatamento e a piora dos indicadores ambientais.

Na cultura, a tentativa de destruição do cinema e de múltiplas expressões artísticas, cancelamento de patrocínios históricos e escolha de gestores dispostos a travar uma verdadeira guerra anticultural no país.

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Guerra que extravasa para grupos lunáticos, como vimos há poucos dias no atentado a bomba contra a sede de um grupo humorístico no Rio de Janeiro.

Bolsonaro, em seus discursos e aparições públicas, se opôs fortemente à liberdade de expressão e ao direito da população de lutar por seus direitos.

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Perseguiu jornalistas, veículos de comunicação e até personalidades artísticas e intelectuais, inclusive internacionais, que se posicionaram contra os desmandos de seu governo.

2019 foi um ano onde vimos o Brasil ser governado por pessoas dispostas a destruir o país, de forma subserviente e agindo como verdadeiros capachos dos EUA e do mercado financeiro, deixando o povo à míngua. Governo de traidores.

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Bolsonaro é a expressão mais folclórica da nova ordem mundial, onde a fakenews é uma verdade absoluta e a racionalidade perde lugar para o delírio a serviço da exclusão social e da desconstrução da democracia e das liberdades.

A única saída, no entanto, a gente conhece bem: lutar.

E, mesmo diante de tudo isso, que possamos ter um bom 2020 e o início de uma virada onde a paz e a justiça social prevaleçam. O Brasil é maior que eles.

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