Bloqueio a Cuba opõe EUA ao resto do mundo
Nos próximos dias 2 e 3 de novembro, mais uma vez o bloqueio a Cuba será condenado na Assembleia Geral da ONU, escreve o editor internacional José Reinaldo
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José Reinaldo Carvalho, 247 - Nos dias 2 e 3 de novembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas debaterá e porá em votação um projeto de Resolução apresentado pelo Governo da República de Cuba condenando o bloqueio à ilha socialista caribenha. O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, faz uma argumentação abrangente e profunda, uma denúncia veemente da natureza criminosa do bloqueio.
Será a 30ª vez consecutiva que as cruéis medidas estadunidenses receberão o repúdio da maioria esmagadora dos países membros das Nações Unidas.
Já se tornou um consenso internacional que o bloqueio a Cuba é odioso porque prejudica o desenvolvimento do país e afronta as normas de convivência democrática entre as nações.
Desde que foi imposto, no início dos anos 1960, a intenção do imperialismo estadunidense é fomentar insatisfação popular e em consequência promover um levantamento da população contra o governo revolucionário cubano.
Ledo engano. Apesar de todas as dificuldades, o Governo revolucionário da ilha caribenha continua de pé. Liderado pelo Partido Comunista Cubano, sob a lúcida orientação das prédicas de Fidel, com o legado de conquistas sociais importantes e a unidade popular, Cuba segue firme aperfeiçoando o seu sistema socialista, promovendo reformas importantes para alcançar o desenvolvimento econômico e modernizar o país.
Fruto de uma diplomacia talentosa, do prestígio político angariado pelo país devido às vitórias internas e a uma ação internacionalista e solidária, a Revolução cubana conta com a solidariedade das forças progressistas internacionais, dos povos e nações que lutam para defender sua independência e exercer a autodeterminação. Por isso, de nada adiantam tampouco as manobras e pressões do imperialismo estadunidense sobre a comunidade internacional. Mais uma vez será inequívoco e maciço o apoio dos Estados membros da ONU à demanda cubana pelo fim do bloqueio.
Desde a primeira vez que o projeto de Resolução de Cuba contra o bloqueio foi apresentado na Assembleia Geral da ONU, em 1992, a causa cubana alcança importantes vitórias diplomáticas e políticas. A contundência e amplitude dos argumentos cubanos, a precisão das informações que por si sós valem como uma ata de acusação aos crimes do imperialismo contra o povo cubano, convencem as representações dos países na ONU sobre a crueldade do bloqueio e a necessidade urgente de removê-lo.
É importante salientar também que o tema tem sido debatido nos grupos regionais da ONU, como o G-77+China, que reúne os países em desenvolvimento, o Caricom, que representa a comunidade caribenha, o Movimento dos Países não Alinhados , a União Africana e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Em todos esses, há amplo consenso contra o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba.
Em toda a história da votação da resolução proposta por Cuba contra o bloqueio, os Estados Unidos nunca alcançaram mais de quatro votos, o que demonstra o isolamento político e diplomático da superpotência nesta matéria e que pode ser constatado nos debates e confrontos sobre outras questões cruciais no cenário internacional. Sinal dos tempos, em que emergem as forças da resistência e da luta contra o hegemonismo e por um mundo multipolar.
O bloqueio a Cuba é um anacronismo que precisa urgentemente acabar, sendo contestado crescentemente nos próprios Estados Unidos. É uma medida que afeta econômica e socialmente o país e contraria normas consagradas no direito internacional.
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