Basta isolar um só
"O governo de centro-esquerda da Suécia está mantendo os números da epidemia sob controle (2500 casos, 44 mortos) sem apelar às medidas drásticas de outros países", relata o jornalista Alex Solnik. "Aqui, a rigor, os efeitos da epidemia podem ser reduzidos se apenas uma pessoa for isolada: o presidente da República", acrescenta
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia Pena que o debate em torno do isolamento tenha virado, para variar, um enorme fla-flu, um barraco interminável dos defensores do confinamento horizontal versus os defensores do confinamento vertical. Com a inestimável colaboração, é claro, do presidente da República.
Na hora em que ele cuspiu aquelas declarações contra, espargindo gotículas a torto e a direito, a reação natural das pessoas normais foi ficar a favor.
Também para variar, ficar a favor do modo mais radical, sem aceitar outros argumentos.
É perfeitamente compreensível, já que há menos de um mês o Brasil tinha apenas um problema – Bolsonaro -, depois ganhou mais um – a epidemia – e agora tem três: Bolsonaro, a epidemia e a epidemia com Bolsonaro.
Como eu estava dizendo, dada a balbúrdia em torno do tema estamos perdendo uma ótima oportunidade de examinar a questão além do dilema contra ou a favor.
Estou falando, por exemplo, do governo de centro-esquerda da Suécia, liderado pelo primeiro-ministro Stefan Lofven que está mantendo os números da epidemia sob controle (2500 casos, 44 mortos) sem apelar às medidas drásticas de outros países.
Lofven mandou fechar universidades, mas mantém abertas escolas para alunos até os 16; proibiu reuniões com mais de 500 pessoas, mas bares, restaurantes e estações de esqui funcionam; não obriga, mas aconselha a ficar em casa “os que podem”.
Isso deixa claro para mim que há meio termo entre o confinamento total e o libera geral, basta não se escravizar a ideias preconcebidas.
Mas o caso brasileiro é único no mundo. Não precisamos nem do isolamento horizontal nem do vertical.
Aqui, a rigor, os efeitos da epidemia podem ser reduzidos se apenas uma pessoa for isolada: o presidente da República.
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