Avião do PSB teve mesmo destino do helicoca do aliado de Aécio

Resultado nos dois casos, segundo o colunista Jeferson Miola, foi que o avião "sumiu do noticiário e do judiciário"; "Moral da história: o pau que bate em Chico não bate, necessariamente, em Francisco, como vez ou outra o mineiro Rodrigo Janot tenta iludir com sua ginástica retórica para invocar uma inexistente imparcialidade da Lava Jato. A justiça, o judiciário, a lei, o ministério público, a polícia federal, a verdade e a mídia é uma para a oligarquia golpista; para os inimigos políticos e de classe dessa oligarquia, é outra", diz ele

Resultado nos dois casos, segundo o colunista Jeferson Miola, foi que o avião "sumiu do noticiário e do judiciário"; "Moral da história: o pau que bate em Chico não bate, necessariamente, em Francisco, como vez ou outra o mineiro Rodrigo Janot tenta iludir com sua ginástica retórica para invocar uma inexistente imparcialidade da Lava Jato. A justiça, o judiciário, a lei, o ministério público, a polícia federal, a verdade e a mídia é uma para a oligarquia golpista; para os inimigos políticos e de classe dessa oligarquia, é outra", diz ele
Resultado nos dois casos, segundo o colunista Jeferson Miola, foi que o avião "sumiu do noticiário e do judiciário"; "Moral da história: o pau que bate em Chico não bate, necessariamente, em Francisco, como vez ou outra o mineiro Rodrigo Janot tenta iludir com sua ginástica retórica para invocar uma inexistente imparcialidade da Lava Jato. A justiça, o judiciário, a lei, o ministério público, a polícia federal, a verdade e a mídia é uma para a oligarquia golpista; para os inimigos políticos e de classe dessa oligarquia, é outra", diz ele (Foto: Jeferson Miola)


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Ontem, 31/01, a Operação Vórtex da Polícia Federal revelou que a empresa Lidermac, beneficiária de contratos milionários com o governo do PSB de Pernambuco, é co-proprietária do avião Cessna Citation acidentado na campanha presidencial de 2014, no qual morreu o candidato Eduardo Campos, do PSB, assessores e tripulação.

A Lidemarc, que atua no ramo de equipamentos e construção, recebeu R$ 75 milhões nos período de governo de Eduardo Campos [2010/2014] em Pernambuco, e seguiu contratada e faturando pelo menos até 2016, também na gestão do PSB e partidos coligados [PMDB, PSDB, DEM, PP, PPS, PSD etc].

A Lidemac é citada também na Operação Turbulência por crimes de lavagem de dinheiro com empresas fantasmas – mais de R$ 600 milhões –, doação ilegal a campanhas eleitorais, e financiamento por caixa dois de políticos do bloco que domina a política pernambucana e que está ostensivamente representado no governo do usurpador Michel Temer com nada menos que 4 ministros: Mendonça Filho, do DEM; Bruno Araújo, do PSDB; Raul Jungmann do PPS e Fernando Bezerra Filho, do PSB.

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Um dos sócios da Lidemac é o empresário Rodrigo Leicht Carneiro Leão, genro do ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio, político do PTB. O empresário e outros três sócios foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento na PF.

Ou seja, é um escândalo completinho, para ninguém botar defeito. Porém, todos os jornais de hoje da mídia hegemônica [1º/02, dia seguinte à Operação Vórtex] não só não deram manchetes ou chamadas de capa, como simplesmente fizeram a notícia evaporar do noticiário.

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É como se fosse um não-acontecimento. É um fenômeno idêntico ao ocorrido com o helicóptero dos políticos da família Perrela, aliados de Aécio e Anastasia em Minas Gerais. O pai Zezé, eleitor do impeachment fraudulento, é senador pelo PTB de Minas; e o filho Gustavo, não-reeleito deputado, virou Secretário Nacional de Futebol do Ministério do Esporte do governo golpista.

O helicóptero, conhecido como "helicoca", carregado com 445 quilos de cocaína, foi interceptado pela PF no Espírito Santo em novembro de 2013, quando era pilotado por Rogério Antunes [que estava lotado no gabinete de deputado estadual de Gustavo Perrela] e abastecido com dinheiro público da Assembléia Legislativa de MG – a tal verba indenizatória que o deputado Carlos Marun [PMDB/MS] usou recentemente para visitar Eduardo Cunha na prisão.

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Ou seja, um crime transcorrido há mais de três anos que alimenta um escândalo de dimensões policiais cinematográficas. Porém, também evaporado do noticiário.

As últimas informações disponíveis são de que os pilotos e a família Perrela, proprietária do helicoca, estão soltos; o helicoca foi devolvido à família, e a vida segue normal, como se nada tivesse acontecido: o Zezé continua com mandato no Senado e o Gustavo ganhou um cargo de confiança no governo golpista. O destino dos 445 quilos de cocaína, entretanto, é desconhecido e não sabido.

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Moral da história: o pau que bate em Chico não bate, necessariamente, em Francisco, como vez ou outra o mineiro Rodrigo Janot tenta iludir com sua ginástica retórica para invocar uma inexistente imparcialidade da Lava Jato.

A justiça, o judiciário, a lei, o ministério público, a polícia federal, a verdade e a mídia é uma para a oligarquia golpista; para os inimigos políticos e de classe dessa oligarquia, é outra.

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