Auxiliares e aliados conversam sobre mudanças no governo Renan
O problema é que qualquer mudança no primeiro escalão agora, com menos de seis meses de governo, denotaria que Renan Filho fez indicações que não deram certo
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Lá atrás quando foi eleito governador, Renan Filho e aliados mais influentes traçaram o perfil daqueles que iriam convidar para os cargos mais importantes e estratégicos do futuro governo. Fazenda, Educação, Segurança e Saúde (especialmente estes e muito mais os três últimos citados) seriam o carro chefe do futuro governo.
Renan Filho decidiu que os titulares teriam uma característica primordialmente técnica. Já os assessores dos secretários, por sua vez, poderiam ter visão política de uma gestão governamental. Porém, hoje há quem considere, dentro do governo, que a forma ideal é o contrário. O chefe de uma secretaria deve ter uma visão inicial política e os auxiliares com um olhar de gestão eminentemente técnico.
Difícil saber quem está correto sobre a melhor forma de montar uma equipe de auxiliares para o primeiro escalão. Como no futebol, você monta a equipe e torce para que os escolhidos dêem o resultado esperado. Se não dá certo, você pode trocar. O diabo é saber o momento certo.
Bom, assim foi feito com Alfredo Gaspar de Mendonça, na Defesa Social, Luciano Barbosa, na Educação e Rozangela Wyszomirska, na Saúde. No andar de baixo do Palácio do Governo – onde estão influentes conselheiros, o primeiro tem sido avaliado como excelente. O segundo precisa de mais tempo e é reconhecido como quadro político e administrativo de grande qualidade, além de ser o vice-governador.
Mas na Saúde está a decepção. A situação do HGE, a crise com os fornecedores criaram um clima pra lá de negativo pela inabilidade política e administrativa. Claro, em outras áreas governamentais também existe insatisfação, mas não tão forte quanto na Saúde dada a sua importância.
O problema é que qualquer mudança no primeiro escalão agora, com menos de seis meses de governo, denotaria que Renan Filho fez indicações que não deram certo. E, de fato, essa é uma leitura possível porque as escolhas para o primeiro escalão ficaram livres de acertos com deputados estaduais, por exemplo.
Fazia tempo, muito tempo mesmo, que um governador não ficava tão livre das pressões políticas para indicar seus auxiliares.
E lá no andar de baixo do Palácio, a questão que se avalia é se agora é hora de trocar rápido para acertar, ou esperar e continuar vendo o navio que está afundando em áreas importantes, masque pode ser salvo pelo seu comandante. A questão é, em qualquer situação, saber qual o momento certo para agir.
Toda decisão tomada pelo atual governo implica no futuro e na história do clã político dos Calheiros.
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