Atos por Lula Livre na Argentina

O tom maior destes atos por Lula Livre na Argentina tem sido: "Para nós, a exigência de Lula livre é liberdade para os povos; não somente do Brasil, da Argentina ou da região, mas do mundo"

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Nesta quarta-feira, 10 de abril, ocorreu um significativo ato de solidariedade a Lula Livre diante da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, com a participação da central sindical CTA Autônoma (congrega boa parte de empregados públicos), apoiados pela ALBA movimentos, pelo Pátria Grande, Juventude em luta, e comitês de residentes brasileiros. Assista aqui.

Este ato foi a culminação de uma série de outros eventos realizados na Argentina no contexto da Campanha Mundial por Lula Livre, a partir do dia 4 de abril onde desfilaram também representantes sindicais da outra CTA (dos Trabalhadores) e Ctera e Suteba (dos professores) com cartazes de Lula Livre durante uma gigantesca manifestação contra os ajustes econômicos e o governo de Macri. Além disso, na noite de 6 de abril, uma agrupação juvenil do "La Câmpora", com a participação de brasileiros do Coletivo Passarinho, organizou um Festival de música e debates num Centro Cultural na capital com o intuito de defender a libertação de Lula e conscientizar o bairro sobre a realidade política e as ameaças do lawfare para o Brasil e a Argentina.

Neste ato do dia 10 de abril, a CTA Autônoma entregou uma carta ao embaixador brasileiro, Sérgio França Danese, em nome da organização sindical expressando repúdio pela "prisão injusta e ilegal do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva", "uma prisão política", demonstração da "politização do sistema judicial brasileiro e da falta de democracia e do Estado de Direito que se vive no Brasil, desde o golpe parlamentar-judicial-midiático contra a ex-presidenta Dilma Rousseff em 2016". A carta afirma que a "democracia brasileira está em risco na medida em que estão avançando medidas anti-democráticas" e que "a prisão arbitrária e política do companheiro Lula é um dos elementos centrais desta situação" e que a prioridade da CTA-A é a "luta pela sua libertação e a defesa da sua inocência"; e ademais, reforça que a prisão de Lula foi "uma ferramenta para tirá-lo da disputa eleitoral", "a sua condenação é absurda", realizada dentro de uma sequência de "aberrações jurídicas e arbitrariedades", configurando o "caráter de perseguição política e jurídica" contra Lula.

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Enquanto isso, no ato fora da embaixada, dirigentes sindicais, como Ricardo Peidro, e outros, tomavam o microfone e afirmavam que "as nossas reivindicações por Lula são as de todos os dias, Lula detido nos cárceres do Brasil, cárceres do Bolsonaro, significa um povo encarcerado. Estamos exigindo a liberdade de Lula porque exigimos a liberdade dos povos do mundo, exigimos a liberdade de Lula porque não nos vencerão, apesar das penúrias que nos fazem passar". "Lutar por Lula Livre é lutar por povos sem fome, por uma classe trabalhadora com direitos, para derrotar os que querem submeter-nos no mundo." Outra dirigente, Olivia Ruiz, da Secretaria da Previdência Social da CTA-A diz: "a prisão de Lula ocorre no marco da opressão do neoliberalismo contra nossos povos. Lula é um símbolo para todos os povos da América Latina e continuaremos lutando com ele, pelos nossos direitos tolhidos. Nós não renunciaremos ao pedido de libertação de Lula, e nem ao direito de um sistema solidário de previdência social para nossos povos".

O tom maior destes atos por Lula Livre na Argentina tem sido: "Para nós, a exigência de Lula livre é liberdade para os povos; não somente do Brasil, da Argentina ou da região, mas do mundo". Ao mesmo tempo, várias opiniões dos participantes em todos os eventos por Lula Livre, ou que não puderam aderir em massa devido às exigências diárias de mobilizações e greves nacionais contra Macri, têm sido unânimes em reiterar o quanto a possibilidade de Cristina Kirchner retornar ao governo, em outubro de 2019, torna-se decisivo para estabelecer novos impulsos e relações de forças a favor da democracia e da libertação de Lula no Brasil.

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