Atentados terroristas lembram fim da ditadura

Os atentados a bomba da linha-dura visavam impedir a volta da democracia; os de agora visam acabar com ela, diz o jornalista Alex Solnik

André Stefano Dimitriu Alves de Brito
André Stefano Dimitriu Alves de Brito (Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert)


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Por Alex Solnik

Na tarde da quarta-feira, 15 de junho, um drone jogou fezes e urina sobre o público reunido no pátio da Universidade Triângulo Mineiro, em Uberlândia, onde, pouco depois, Lula e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil selaram uma aliança.

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Às 22h30 de 6 de julho, um projétil quebrou uma das janelas do quarto andar do edifício-sede da Folha de S. Paulo, situado à Al. Barão de Limeira, 425, em São Paulo. Testemunhas ouviram estampidos antes do barulho de estilhaços.

No dia 7 de julho, ontem, uma garrafa pet incrementada com dispositivo detonante, atirada por trás do tapume que isolava o ato público de Lula com Marcelo Freixo, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro,  explodiu, espalhando fezes e urina próximo à platéia.

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Também ontem, em Brasília, o carro do juiz Renato Borelli, que deu ordem de prisão ao ex-ministro Milton Ribeiro, foi vandalizado com fezes, terra e ovos enquanto ele dirigia.

Uberlândia, São Paulo, Rio, Brasília. Os quatro atentados têm agressores claros: bolsonaristas fanáticos insuflados pelo próprio presidente da República. E duas vítimas claras: Lula e a democracia.

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Não é exagero associá-los aos praticados por mafiosos em filmes tais como “O Poderoso Chefão”. Ou por fascistas nos tempos de Mussolini. Ou por militares brasileiros da linha-dura que tentaram impedir, desesperadamente, a abertura política, no crepúsculo da ditadura, explodindo bancas de jornal ou mandando cartas-bomba para defensores da democracia.

São intimidações, avisos, que têm por fim provocar medo e caos na população. “Parem de ir a comícios do Lula, é perigoso”. “Parem de condenar nossos aliados”. “Parem de publicar matérias contra nós” ou “parem de fazer pesquisas contra nós”.

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Daí a criar um clima de terror nas ruas que inviabilize a realização das eleições e exija uma intervenção militar ou prorrogação do mandato pode ser apenas um pulo.  

Nenhum dos atentados mereceu qualquer reparo ou crítica do presidente da República. Ao contrário, ele subiu ainda mais o tom de suas declarações francamente golpistas. Às vésperas de perder nas urnas, tenta ganhar no grito.

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Os atentados a bomba da linha-dura visavam impedir a volta da democracia; os de agora visam acabar com ela.   

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