Até o mocinho sentiu falta do vilão
"Os fãs de Richarlison que detestam Neymar, e que preferem que ele não jogue, não percebem que isso atrapalha seu ídolo", diz Alex Solnik
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Toda seleção forte tem que ter ao menos um atacante fora de série. Aquele que desequilibra, que resolve, aquele que exige dois marcadores do adversário, aquele que coloca a defesa oponente em polvorosa, aquele que bagunça o sistema de defesa.
Digo que o atacante é mais importante, porque é quem faz gols, e o time vence ao fazer gols; os defensores evitam gols. São decisivos para impedir derrotas, não para obter vitórias.
Os exemplos estão na TV todos os dias. Mbappé na França, Lewandowski na Polônia, De Bruyne na Bélgica, Cristiano Ronaldo na seleção de Portugal, Messi na Argentina.
O craque da seleção brasileira é Neymar. Mesmo quando não está com a bola no pé, ele abre espaços para os outros atacantes porque sempre que se desloca leva junto dois defensores adversários.
Quando está com a bola no pé, quebra as linhas de defesa por ser um grande driblador, o que é raro no futebol mundial. E por essa razão é quem mais sofre faltas, o que abre oportunidades para chutes diretos a gol.
Mbappé e Vini Jr. são espetaculares, têm força, velocidade, raciocínio rápido e inteligência, mas não são dribladores como Neymar e Messi. Eles correm até a linha de fundo e cruzam a bola, sempre perigosamente.
A Suíça é mais fraca que a Sérvia, mas o Brasil não conseguiu atacar com a mesma intensidade do jogo de estreia. Richarlison, o grande nome do primeiro jogo, não conseguiu fazer uma jogada perigosa. Por que estava num mau dia? Por que desaprendeu a jogar futebol?
Claro que não. Faltou Neymar. “Ele abre espaços para mim” disse o camisa 9 no final da partida.
Os fãs de Richarlison que detestam Neymar, e que preferem que ele não jogue, não percebem que isso atrapalha seu ídolo e, por tabela, a seleção brasileira.
E ajuda os adversários do Brasil.
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