Até o ‘Estadão’ ameaça abandonar Temer

O oligárquico jornal Estadão era um dos últimos biombos da mídia mercenária na defesa de Michel Temer. Mas em seu editorial desta quinta-feira (6), a decadente famiglia Mesquita deu os primeiros sinais de que também está próxima de abandonar o governo

O oligárquico jornal Estadão era um dos últimos biombos da mídia mercenária na defesa de Michel Temer. Mas em seu editorial desta quinta-feira (6), a decadente famiglia Mesquita deu os primeiros sinais de que também está próxima de abandonar o governo
O oligárquico jornal Estadão era um dos últimos biombos da mídia mercenária na defesa de Michel Temer. Mas em seu editorial desta quinta-feira (6), a decadente famiglia Mesquita deu os primeiros sinais de que também está próxima de abandonar o governo (Foto: Altamiro Borges)


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O oligárquico jornal Estadão era um dos últimos biombos da mídia mercenária na defesa de Michel Temer. Globo e Veja já tinham desembarcado do odiado governo, temendo que seu desgaste emperre a aplicação da agenda ultraliberal dos golpistas e alavanque a candidatura de Lula. A Folha até que resistiu – inclusive negando a veracidade dos áudios dos chefões da JBS contra o usurpador –, mas também rifou o moribundo. O Estadão era o único veículo da chamada "grande imprensa" que ainda mantinha o apoio militante ao Judas. Mas em seu editorial desta quinta-feira (6), a decadente famiglia Mesquita deu os primeiros sinais de que também está próxima de abandonar Michel Temer.

Mesmo questionando a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o "chefe da organização criminosa", o Estadão defende agora que é preciso superar logo a crise política no país. A exemplo do restante da mídia golpista, o jornal sinaliza o apoio à proposta da eleição indireta de um novo presidente. Rifa Michel Temer, mas mantém o mesmo projeto ilegítimo – sem voto popular – no governo federal. Para o diário, a crise política atingiu um patamar preocupante, desestabilizador.

Nas suas palavras, "uma denúncia contra um presidente da República é, por si só, um assunto grave, que desperta especulações sobre os seus possíveis desfechos e, naturalmente, gera consequências na economia, na política e na governabilidade. No caso em questão, a despeito das evidentes fragilidades da peça de acusação, a denúncia agrava a crise nacional, produzindo, além dos políticos, efeitos econômicos de monta... Diante deste quadro, é especialmente importante que as instituições envolvidas trabalhem diligente e serenamente, dentro de suas atribuições constitucionais".

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A famiglia Mesquita não esconde seus medos. "Um cenário como o atual é propício a oportunismos e protagonismos indevidos, que pouco contribuem para o interesse nacional. É hora de seguir a cartilha institucional, ciente de que esse é o único caminho apto a levar o País a bom porto". O oligárquico Estadão, que nunca respeitou a democracia – seja na tentativa de derrubar Getúlio Vargas ou no golpe militar de 1964 – agora faz declarações de amor aos princípios constitucionais. "É a Constituição que confere às instituições políticas o direito – e também o dever – de se manifestarem livremente... Afinal, quando as instituições trabalham bem, dentro de suas atribuições, as crises arrefecem e os conflitos se pacificam".

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