Até Gilmar já entrou na caçada a Lula

"A mais recente ameaça à candidatura do ex-presidente operário foi feita pelo imparcial ministro Gilmar Mendes, reconhecido tucano, amigo de 30 anos de Temer e do empresário Barata. Além de afirmar que Lula ficará mesmo inelegível se for condenado pelo TRF-4, Gilmar manifestou a intenção de questionar os custos e a origem do dinheiro que financia a sua caravana. "Quem é que está financiando isso?", ele indagou em Washington, advertindo que isso 'pode levar ao reconhecimento de abuso de poder econômico e, inclusive, à cassação do diploma', escreve o jornalista Ribamar Fonseca em sua nova coluna no 247

"A mais recente ameaça à candidatura do ex-presidente operário foi feita pelo imparcial ministro Gilmar Mendes, reconhecido tucano, amigo de 30 anos de Temer e do empresário Barata. Além de afirmar que Lula ficará mesmo inelegível se for condenado pelo TRF-4, Gilmar manifestou a intenção de questionar os custos e a origem do dinheiro que financia a sua caravana. "Quem é que está financiando isso?", ele indagou em Washington, advertindo que isso 'pode levar ao reconhecimento de abuso de poder econômico e, inclusive, à cassação do diploma', escreve o jornalista Ribamar Fonseca em sua nova coluna no 247
"A mais recente ameaça à candidatura do ex-presidente operário foi feita pelo imparcial ministro Gilmar Mendes, reconhecido tucano, amigo de 30 anos de Temer e do empresário Barata. Além de afirmar que Lula ficará mesmo inelegível se for condenado pelo TRF-4, Gilmar manifestou a intenção de questionar os custos e a origem do dinheiro que financia a sua caravana. "Quem é que está financiando isso?", ele indagou em Washington, advertindo que isso 'pode levar ao reconhecimento de abuso de poder econômico e, inclusive, à cassação do diploma', escreve o jornalista Ribamar Fonseca em sua nova coluna no 247 (Foto: Ribamar Fonseca)


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A corrida dos adversários de Lula para impedi-lo de voltar ao Palácio do Planalto se acelera todas as vezes em que se divulga alguma pesquisa confirmando a sua liderança nas intenções de voto. Ninguém mais tem dúvidas de que se ele for candidato será eleito já no primeiro turno, apesar do permanente massacre midiático. Por isso estão vasculhando tudo em todos os lugares, avaliando todas as possibilidades, de modo a barrar-lhe o caminho antes que chegue ao pleito, porque aparentemente não estão confiando muito na Lava-Jato e muito menos no TRF-4, onde a confirmação da sua condenação, marcada para o dia 24 de janeiro próximo, é considerada certa. Na verdade, Lula só pode ser impedido de subir a rampa do palácio pelo povo, através das urnas, e essa possibilidade está cada dia mais remota, considerando-se o seu gradativo crescimento na preferência da população. Seus adversários sabem disso e, por isso, estão fazendo o diabo para retirá-lo do cenário político, o que deve servir de alerta para reforçar a sua segurança.

A mais recente ameaça à candidatura do ex-presidente operário foi feita pelo imparcial ministro Gilmar Mendes, reconhecido tucano, amigo de 30 anos de Temer e do empresário Barata. Além de afirmar que Lula ficará mesmo inelegível se for condenado pelo TRF-4, Gilmar manifestou a intenção de questionar os custos e a origem do dinheiro que financia a sua caravana. "Quem é que está financiando isso?", ele indagou em Washington, advertindo que isso "pode levar ao reconhecimento de abuso de poder econômico e, inclusive, à cassação do diploma". Gilmar disse também que "há estruturas aí que já passam da linha, jatinhos, deslocamentos de caravanas, ônibus, reunião organizada de pessoas e tudo mais. Tudo isso precisa ser avaliado", acrescentou. A vigilância do ministro e o cuidado com a coisa pública é impressionante: ao mesmo tempo em que vê com desconfiança os custos da caravana de Lula não enxerga a escancarada compra de votos de deputados, com dinheiro público, para a aprovação da reforma da Previdência. Isso é abuso de quê?

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ao que parece, já está preparando o terreno para investir contra o líder petista caso as outras ações para impedi-lo de concorrer não produzam o efeito desejado. Será uma alternativa para impedir o barbudo de voltar ao Palácio do Planalto. Tal observação, partindo de Gilmar, deve merecer atenção redobrada dos petistas, pois ele não se importa com o que possam pensar das suas decisões, por mais esdrúxulas, escandalosas ou antiéticas. Remember os jantares com Temer no Palácio do Jaburu, embora réu em processo no TSE; o voto de minerva que o salvou da cassação no julgamento da ação do PSDB naquela Corte; as sucessivas ordens de libertação do empresário Barata, etc, etc. Em termos de Gilmar, tudo é possível, até a penalização das vaquinhas feitas entre petistas para custear a caravana. E os recursos públicos vultosos usados por Temer para comprar deputados e garantir a aprovação das matérias do seu interesse na Câmara? Bem, isso é outra história. Num país sério, com uma Justiça séria, não haveria essa farra com dinheiro público sob os olhares complacentes da Suprema Corte.

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O ministro Gilmar Mendes, pelo visto, não pensa apenas na possibilidade de criminalizar a caravana de Lula, por abuso de poder econômico, como forma de impedi-lo de ser Presidente de novo. Ele já cogita, também, de alterar o sistema de governo, como última alternativa para deixar o líder petista sem poder, caso se eleja. E já chegou até a elaborar um ante-projeto de emenda constitucional para implantar o sistema semipresidencialista, o que tem discutido com o próprio Temer. Ou seja, vale tudo para impedir Lula de voltar a governar o país, não estando descartada nem mesmo a possibilidade de cancelamento ou adiamento das eleições do próximo ano. Afinal, com esse Congresso corrupto e consciente de que a maioria dos seus membros não se reelegerá em 2018, tudo pode acontecer, até porque todos tem interesse em que não haja eleição.

Os adversários de Lula, porém, não querem apenas que ele seja impedido de voltar à Presidência da República. Querem, também, que ele seja preso, embora não tendo sido encontrado até hoje uma prova sequer sobre os crimes de que o acusam. Todas as decisões judiciais tomadas contra ele foram baseadas apenas na convicção de juízes. O juiz Sergio Moro chegou a dizer que não precisa de prova para condená-lo. E agora, além da Lava-Jato, também o historiador tucano Marco Antonio Villa e os irmãos Marinho pedem, abertamente, a sua prisão. O jornal "O Globo", em editorial, depois de criticar o ex-presidente FHC por ter dito que preferia combatê-lo na urna a vê-lo preso, atribuindo a "benevolência" do tucano aos tempos de resistência à ditadura militar, disse que "o Brasil de hoje felizmente é outro: um país em que as instituições republicanas estão sendo reconstruídas a duras penas e que, para se consolidarem, todo cidadão, não importa qual, tem de ser tratado como manda a lei. INCLUSIVE, CLARO, Lula". E, também, CLARO, os irmãos Marinho, que corromperam as federações de futebol para ter exclusividade na transmissão dos jogos.

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De uma coisa, porém, ninguém tem dúvidas: se o TRF-4 confirmar mesmo a condenação do ex-torneiro mecânico e se ele chegar a ser preso este país vai pegar fogo. Não apenas em Porto Alegre, sede do TRF-4 onde o seu recurso será julgado, o povo sairá às ruas. Estão sendo esperadas 100 mil pessoas só nas ruas da capital gaúcha, mas sem dúvida haverá manifestações em todo o território nacional. O povo que o quer de volta à Presidência não aceitará pacificamente que apenas três homens, os membros daquela Corte, contrariem a vontade de dezenas de milhões de brasileiros. E tudo pode acontecer.

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