Atacar o Brasil 247 é furo na água
"O ataque à mídia independente é evidente e constante. Que o Brasil 247 consiga se manter fiel a seus princípios e não esmorecer"
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Em solidariedade aos levianos ataques que o Brasil 247 sofreu por parte de Patrícia Campos Mello, resgato comentários feitos em defesa da jornalista quando das ameaças que recebeu e que foram incorporados, inclusive, em artigos no próprio site Brasil 247.
Na parte da manhã de sábado, 3 de setembro, o site da Folha de S. Paulo em que a matéria também havia sido publicada, mantinha a área de comentários que foi retirada do ar logo depois. Somente assinantes podem postar comentários, vedados até por quem tem acesso via conta no UOL, por exemplo. Pude ler alguns daqueles comentários criticando a colunista, mas não pude compilá-los, da mesma forma que fiz com os do Brasil 247, tanto na publicação de Joaquim de Carvalho, explicando o episódio, e na de Leonardo Attuch, compartilhando a troca de mensagens com a Patrícia.
Na ocasião dos ataques do despresidente, em fevereiro de 2020, fiz um comentário enviado à Folha de S. Paulo, não publicado, mas que foi acatado pela revista CartaCapital e também incorporado em artigo de opinião neste Brasil 247 (Jornalismo distópico - https://www.brasil247.com/blog/jornalismo-distopico.). O texto da carta era esse:
“O ataque à jornalista Patrícia Campos Mello é um crime contra toda a imprensa e a liberdade de expressão de todos nós. A conivência do poder público em não dar voz de prisão imediata ao criminoso é o sinal dos tempos em que vivemos. Porém, em função de todos esses atos de barbárie, resta a pergunta: até quando a Folha continuará a fazer o papel de bate-e-assopra?”
Antes, em novembro de 2018, após o trágido resultado das eleições, “Previsões do passado” (https://www.brasil247.com/blog/previsoes-do-passado) defendia que a denúncia trazida por Patrícia tivesse a mesma dimensão de outras que a Folha abraçou e até levou a mudanças do cenário político. Mas isso não aconteceu e o ogro continua entre nós.
Neste fim de semana, repeti a prática de enviar carta ao jornal. O texto foi esse, também não publicado:
“Patrícia Campos Mello parece não ter assistido ao documentário sobre o atentado em Juiz de Fora divulgado pelo site Brasil 247, pois ali se questiona a falta de investigação de atos e imagens revelados naquele dia e em dias anteriores, não que a facada tenha sido falsa (política, 3/9, A10). Ela que foi vítima de tanta notícia falsa seria uma das primeiras a defender investigação profunda de tudo o que diz respeito à política. Propagar uma inexistente imprensa isenta, isso sim é fake news.”
No domingo, 4/9, o ombudsman criticou a falsa equivalência no trato do jornalão com ex-ministros do meio ambiente, e novamente incorporei o comentário anterior na forma de outra carta, também preterida:
“O ombudsman apresenta corretamente as falsas equivalências quanto à comparação de ex-ministros (“Sobre falsas equivalências”, 4/9), mas deixou de fora a mesma falsa equivalência na reportagem de Patrícia Campos Mello que comparou sites bolsonarentos com aqueles mantidos pela esquerda progressista. O documentário sobre o atentado em Juiz de Fora divulgado pelo site Brasil 247, alvo de rótulo de fake news pela jornalista, questiona a falta de investigação de atos e imagens revelados sobre o que aconteceu naquele dia, quatro anos atrás, e em dias anteriores, não que a facada tenha sido falsa.”
O ataque à mídia independente é evidente e constante. Que o Brasil 247 consiga se manter fiel a seus princípios e não esmorecer, ainda que outra setembrada esteja por vir.
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Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
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