As verdadeiras economistas
Economistas são as brasileiras que no dia a dia se desdobram para enfrentar a inflação que corrói seu poder aquisitivo e que mesmo assim mantêm sua dignidade, sem recorrer a terceiros para resolver seus problemas
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O governo Dilma Rousseff deu mais uma demonstração pública de incompetência administrativa e política ao tentar transferir para o Congresso Nacional a responsabilidade de viabilizar um orçamento deficitário em pelo menos R$ 30 bilhões!
Além de ser fato inédito na administração pública federal, enviar ao Congresso uma proposta de orçamento em que admite um rombo de mais de R$ 30 bilhões é passar a si mesma um atestado de incapacidade na gestão do país. Dilma Rousseff tentou jogar no colo dos parlamentares a responsabilidade administrativa e gerencial do rombo que provocou e foi muito criticada por todos os partidos da oposição.
É como se um pai e uma mãe de família que ostentam em viagens internacionais, promovem festas nababescas e outras ações perdulárias, procurassem os vizinhos e dissessem: agora vocês vão resolver o problema porque nosso orçamento estourou!
E também avisassem aos filhos – jovens estudiosos, cumpridores de suas obrigações e econômicos no lazer – que teriam que apertar o cinto e ajudar o casal irresponsável e gastador a pagar a conta.
Em seu desespero, o Palácio do Planalto tentou impor ao Congresso Nacional e ao povo brasileiro mais uma extorsão tributária: a volta da já reprovada CPMF, camuflada com outro nome. Se a primeira versão tinha como justificativa a destinação para a saúde pública – jamais concretizada -, o monstrengo que tentaram ressuscitar visava apenas encobrir os rastros deixados pela gastança irresponsável dos últimos 13 anos de governo.
Um absurdo, evitado a tempo pela reação política, empresarial e da população que não aceita mais esse tipo de manobra e mais impostos. Levantou-se uma grita unânime contra mais um furo no cinto que aperta a garganta dos brasileiros, apenas para que o governo continue gastando desenfreadamente, como o casal do nosso exemplo.
O governo e sua equipe econômica se negam a fazer o dever de casa. O mínimo que se pode esperar – após jogarem o Brasil na recessão para que Dilma se reelegesse -, é que consigam recuperar a economia do país e deixem de recorrer à população para pagar a conta dos seus erros.
E ainda se intitulam economistas...
Mas não são.
Economistas são as brasileiras que no dia a dia se desdobram para enfrentar a inflação que corrói seu poder aquisitivo e que mesmo assim mantêm sua dignidade, sem recorrer a terceiros para resolver seus problemas.
Que lutam cotidianamente para driblar a conta de luz que escurece seu orçamento, o aumento do botijão de gás, a passagem de ônibus que atropela suas economias e buscam o seu jeitinho para manter seus lares – missão de 40% das mulheres, que cuidam sozinhas de uma família.
Elas sim são as verdadeiras economistas!
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