As trilhas da democracia - o centésimo passo com Haddad



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Quando nasceu no final de 2018, logo após o sofrimento decorrente da vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais, o programa de entrevistas e debates Trilhas da Democracia representou uma iniciativa despretensiosa de manter aceso o lema gramsciano do “pessimismo da razão, otimismo da vontade”.

No decorrer desses quase três anos de existência, a ação despretensiosa foi se ampliando, ainda que se mantendo orgulhosamente nanica, com os apoios decisivos da TVPE, TV247, TVT e Rádio Brasil de Fato – apoios esses que acabaram fazendo com que o programa passasse a ter uma visibilidade nacional. 

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Porém, não foram poucos os momentos em que até mesmo o “otimismo da vontade” – essa força que nos mantém engajados em meio a tantas derrotas e adversidades – quase se dissipou, transformando-se naquele sentimento de resignação descrito por Gramsci nas suas derradeiras Cartas do Cárcere: o “pessimismo da vontade”. 

Pois bem, numa dessas coincidências que, vez ou outra, costumam acontecer na história, tive a oportunidade de entrevistar Fernando Haddad logo após a decisão do ministro do STF, Edson Fachin, que, ao fim e ao cabo, torna Lula de novo elegível para o confronto político que tem data marcada no ano de 2022. 

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A entrevista com o professor Haddad assinalou não apenas a centésima edição do Trilhas da Democracia, mas, também e principalmente, o revigoramento do “otimismo da vontade” que, como disse, em não poucos momentos dos últimos dois anos, quase resvalou para a metáfora gramsciana do imobilismo nas profundezas do mar. 

A razão disso estava na lufada de ar fresco originária da sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo que, em 10 de março, reacendeu as esperanças até mesmo daqueles que, como eu, carregam dentro si o ceticismo. O golpismo de Bolsonaro e a escalada das mortes pela covid-19 continuam mais atuais que nunca, mas o “cara do Obama” está de volta.

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