As maldades natalinas do marionete do golpe

O golpista Michel Temer teve a cara de pau de convocar a imprensa para um balanço de sete meses de desgoverno, como se tivesse coisas boas para apresentar aos brasileiros

(Brasília - DF, 16/12/2016) Presidente Michel Temer durante cerimônia de cumprimentos de fim de ano dos Oficiais-Generais. Foto: Marcos Corrêa/PR
(Brasília - DF, 16/12/2016) Presidente Michel Temer durante cerimônia de cumprimentos de fim de ano dos Oficiais-Generais. Foto: Marcos Corrêa/PR (Foto: Chico Vigilante)


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O golpista Michel Temer teve a cara de pau de convocar a imprensa para um balanço de sete meses de desgoverno, como se tivesse coisas boas para apresentar aos brasileiros.

Anunciou um amontoado de medidas onde mistura maldades e bondades aparentes. Todas só levam ao atraso e nenhuma tira o Brasil da crise.

O cinismo imperou em várias oportunidades de seu discurso. Declarou que “o Brasil está caminhando bem... nossa equipe econômica é da melhor convicção ... Responsabilidade social é fazer retornar o emprego. Para retornar o emprego tem que sair da recessão. Isso nós estamos fazendo... agimos visando o presente e o futuro do país “.

Sim, se não tirarmos Temer do Planalto, nosso futuro será o da volta à escravidão com 12 horas de trabalho diário, quatro horas a mais do que a atual legislação prevê, e morte antes de conseguir se aposentar com o teto previsto pelo INSS depois de 49 anos de contribuição.

Na minirreforma trabalhista a ser enviada em fevereiro ao Congresso por meio de projeto de lei, o acordado entre patrão e empregado passará a valer mais que a lei.

O governo chama isso de dar mais segurança jurídica ao trabalhador e alega que está apenas regulamentando práticas já existentes no mercado.

Temer parece viver em Marte e não no Brasil onde o empresariado está desiludido e os economistas não acreditam na eficácia das medidas de aquecimento da economia propostas por seu governo.

Além de reduzir a projeção para o crescimento da economia em 2017 de 1,35 para 0,8%, o Banco Central apontou hoje um recuo maior do que o esperado pelo governo Temer na agropecuária, recuo de 5,9% no lugar de 2,2%; e na indústria, recuo de 3,5% no lugar de 3,3%.

Diante da crescente avaliação negativa de seu governo nas pesquisas de opinião, Temer tenta, há três dias do Natal, passar a imagem de que está abrindo uma “caixa de bondades”, principalmente para desempregados e endividados.

Anunciou a liberação para saque do saldo de contas inativas do FGTS, para o pagamento de dívidas, e a redução pela metade dos juros do rotativo dos cartões de crédito.

A liberação do saque é uma faca de dois gumes. O total do saldo destas contas de FGTS, em torno de R$ 30 bilhões, faz parte do montante disponível para empréstimos para compra ou construção de imóveis pelo trabalhador.

Não existe milagre. Se o montante for retirado para o pagamento de dívidas deixará de ser usado para sua função social, que além de financiar moradias cria empregos na construção civil.

O golpista coloca como ponto positivo a eliminação de postos de trabalho, dentre eles, 9.200 cargos no Banco do Brasil, medida que fatalmente causará o fechamento de várias agências em vilarejos e cidades do interior do país, obrigando homens e mulheres do campo a se deslocarem até cidades maiores para receber seu provento.

Temer cita como trunfos  um amontoado de resoluções novas misturadas a medidas de rotina como liberação de verbas para hospitais e inauguração de casas do Programa Minha Casa Minha Vida, cuja iniciativa todos sabem, não foi dele.

Temer tem mais maldades na manga contra a classe trabalhadora a serem anunciadas a qualquer momento. A única forma de impedir que sejam colocadas em prática é tomarmos as ruas para tirá-lo do Palácio do Planalto e realizarmos eleições diretas.

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