As lições da Lava Jato
Ou o povo se une agora, ou vamos viver uma nova ditadura reacionária e fascista, que trará prejuízos ainda maiores para o Brasil. Ainda dá tempo, alguém duvida disso?

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A Operação que não sai um dia sequer dos telejornais brasileiros e nem das capas de jornais e revistas do País inteiro tem mais coisas implícitas do que a nossa vã ignorância jurídica-politica-midiática e partidária pode revelar.
Criada para desvendar escândalos de corrupção na Petrobras, ela foi bem mais além e desvendou o maior escândalo político-jurídico-econômico e midiático da história mundial.
Outro fator importante e que merece destaque é que se os fatos descobertos seguissem o seu curso normal da história, não teria havido todo aquele circo do Impeachment (No Congresso), Lula não seria impedido de se tornar ministro por liminar de Gilmar Mendes e Dilma ainda estaria no comando desse País.
Segundo o site do jornal Valor Econômico, num texto de Fernando Torres postado no dia 23 de março de 2016 e cujo título já diz tudo – “Teori move peça e Odebrecht sacode o tabuleiro” – fica claro entender por que a delação não foi feita na época em que Marcelo Odebrecht e seus executivos decidiram fazer o tal acordo de delação premiada. Diz o texto:
“Estava tudo muito calmo para ser verdade. E não era mesmo. A noite de ontem teve mais dois lances críticos no jogo de xadrez que se transformou a parcela política – e não a policial – da Operação Lava Jato. Ao mesmo tempo que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki movia uma peça, a Odebrecht e seu ex-presidente Marcelo Odebrecht - preso desde o dia 19 de junho de 2015 – sacudiram o tabuleiro.
Continua o texto: “Em decisão que dá tempo – mas não exatamente conforto pleno – ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, Zavascki disse ao Juiz Sérgio Moro, que lidera a Lava Jato em Curitiba , que cabe a Suprema Corte, e não ao juízo de primeira instância, decidir como e se deve desmembrar um processo que acaba envolvendo pessoas com prerrogativa de foro.
Mais adiante o mesmo texto transcreve uma nota bombástica da Odebrecht que diz o seguinte: “Apesar de todas as dificuldades e da consciência de não termos responsabilidade dominante sobre os fatos apurados na Operação Lava-Jato – que revela na verdade a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do País – seguimos acreditando no Brasil”.
A Odebrecht quis, com essa mensagem, sair como a vítima dos políticos corruptos, mas ela foi a corruptora, a mãe da propina, a viúva do caixa 2. Lamentável que quis maquiar a sua participação ativa na bandalheira, imputando a culpa aos “pobres políticos” contemplados.
De certo, sabe-se agora com isso, que naquela altura do campeonato o saudoso ministro Teori Zavascki já tinha conhecimento das entrelinhas dessa bombástica delação, apenas divulgada recentemente. Ou seja, quantos fatos decisivos da história, poderiam ter outro rumo, se as fossem aceitas e divulgadas anteriormente.
Ora meu senhor, se Teori não está mais aqui pra contar essa história, pelo menos o STF juntamente com o meritíssimo Juiz Sérgio Moro, tem o dever de esclarecer para a sociedade, por que não foi aceita/realizada naquela época? Ou seja, antes do fatídico impeachtment ilegal, já que envolveria autoridades, políticos e o sucessor natural de Dilma Rousseff? Um golpe, antes do até então único golpe à democracia brasileira.
Isso explica hoje por que Gilmar Mendes não queria em hipótese alguma que Lula assumisse O ministério da Casa Civil de Dilma. Ele tinha medo que Lula, forçasse a barra para que Teori aceitasse essa delação da Odebrecht, o que prejudicaria de vez o impeachment de Dilma e poria abaixo o plano da direita chucra de tomar a todo o custo o poder do País.
Pode-se concluir com isso que uma ou mais pessoas cometeu crime de Lesa-Pátria, segundo o que diz o artigo primeiro da LEI Nº 7.170, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983.
Art. 1º - Esta Lei prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:
I - a integridade territorial e a soberania nacional;
Il - o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito;
Ill - a pessoa dos chefes dos Poderes da União.
Segundo o Blog do Jornalista Kennedy Alencar do dia 22 de março de 2016, um dia antes do site acima citado, O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima transmitiu o recado principal, durante a vigésima sexta fase da Operação Lava-Jato, intitulada de “Xepa”. Disse o texto: “De acordo com ele, a Lava Jato irá além das falcatruas na Petrobras. Investigará mais do que um partido. E já teria material apreendido na Xepa sobre eventuais crimes da Odebrecht em contratos com o governo federal e governos estaduais. Precisava dizer mais?”
Alencar continua o texto dizendo: “Dificilmente a força-tarefa da Lava Jato, que vive um momento de contestação de parcela da sociedade civil e do meio jurídico, ficará contente em limitar o potencial de revelações que a Odebrecht pode produzir.” Ledo engano do colega jornalista. Não só limitou, como omitiu e resguardou esse tempo todo, para defender interesses de grupos que pasmem! estavam envolvidos até o pescoço nessas delações, que só foram reveladas após um ano de serem anunciadas , que isso seja muito bem dito.
Diante do exposto e da blindagem que recai sobre muitos dos delatados - como o Super Senador Aécio Neves (decano da Lava Jato) e o decorativo definitivo Michel Temer - que foram anunciados em esquemas de corrupção e até hoje gozam de possuir a ficha-limpa. Por que Moro proibiu algumas perguntas de Eduardo Cunha para Temer? A credibilidade da Operação Lava-Jato, decresce a cada descoberta, a cada novo escândalo de corrupção e a cada inépcia dos seus condutores em relação aos digamos - seus “amigos”.
A cada dia que passa, o povo brasileiro desacredita numa operação que pune uns em detrimento de outros, que avaliza bandidos ante pessoas de bem, que prende inocentes para depois pedir desculpas. Que sequestra reputações e viola os preceitos básicos e fundamentais da Constituição Federal.
Sérgio Moro deveria sim afastar-se da condução da Lava-Jato, não só pela atuação pouco democrática e imparcial, mas pela amizade pública e notória com alguns tucanos envolvidos. A lei que deveria ser para todos, é infelizmente prerrogativa só de alguns.
O Brasil espera agora pela delação de Eduardo Cunha, que tenha certeza, arrasará mais ainda a classe mais desacreditada desse País – a política. O pior é que político honesto, hoje em dia pós delação da Odebrecht, é algo em extinção.
Já passou da hora de a sociedade brasileira mostrar mais do que panelas barulhentas, apitaços, camisas verde-amarelas, passeatas na Av. Paulista ou na Av. Atlântica. Não se está mais brigando por esquerda ou direita, mas sim por um País justo e honesto, com políticos que representem os anseios dos seus eleitores e que ao menos valorize o seu povo e respeite a Constituição. Ou o povo se une agora, ou vamos viver uma nova ditadura reacionária e fascista, que trará prejuízos ainda maiores para o Brasil. Ainda dá tempo, alguém duvida disso?
Imagino que Teori tenha levado para o seu túmulo o remorso imensurável de não ter feito a coisa certa enquanto houve tempo. E quem sabe se essa não seria a sua primeira medida no retorno de suas atividades? Só o tempo e a história é que dirão!
#PorUmBrasilMelhor
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