As improváveis aliadas de Lula
"Simone, Soraya e Vera desestabilizaram Bolsonaro, o que só tende a aumentar a sua já alta rejeição", avalia Alex Solnik
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Por Alex Solnik
Por incrível que pareça, as grandes aliadas de Lula no debate de ontem na Band foram as senadoras Simone Tebet e Soraya Tronicke. Foram mais contundentes e eficientes no desmascaramento de Bolsonaro do que Ciro Gomes, de quem se esperava esse papel.
Tal como em 2018, enquanto foi candidato, Lula adotou a estratégia de deixar que outros candidatos batam no atual presidente, e não ele. Deu certo. Embora sejam candidatas do campo conservador e ex-aliadas de Bolsonaro, as senadoras deixaram clara a mensagem de que o atual governo não pode continuar.
Rejeitam mais Bolsonaro que Lula.
Saltou aos olhos (e aos ouvidos) que Lula não foi o melhor da noite. Pelé também não foi genial em 100% das partidas. Mas teve sorte, pois Bolsonaro foi o pior, disparado.
Não conseguiu se desvencilhar dos ataques da dupla feminina. Sua situação piorou com a reação hostil e desproporcional à pergunta da jornalista Vera Magalhães. Era tudo o que sua campanha não queria. Em vez de se reconciliar com as mulheres, que formam a maioria do eleitorado, abriu um fosso ainda maior.
É cedo para dizer se Simone e Soraya vão crescer nas intenções de voto. A pesquisa Datafolha da próxima quinta-feira poderá responder. Caso aconteça, é de Bolsonaro que elas vão tirar votos, não de Lula.
Simone, Soraya e Vera desestabilizaram Bolsonaro, o tiraram do modo moderado que sua campanha esperava, o que só tende a aumentar a sua já alta rejeição.
Foram as improváveis aliadas de Lula no debate da Band.
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