Aras coloca generais Braga Netto, Heleno e Ramos em saia justa
"Se confirmarem que Bolsonaro pressionou Moro, vão trair o 'chefe supremo' e irão para o olho da rua; se não confirmarem, poderão sofrer as consequências de faltar com a verdade", escreve o jornalista Alex Solnik
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia
Mal esquentou a cadeira de diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza exonerou o diretor da PF no Rio, cuja cabeça Bolsonaro vinha pedindo a Moro desde o ano passado, fato muito estranho, pois para exonerar alguém tem de haver motivo e, no caso, não deu tempo nem de o novo diretor-geral, ou melhor, interventor, conhecer o sr. Carlos Henrique de Oliveira para avaliar o seu desempenho e assim haver um motivo para a exoneração.
O motivo era tão somente satisfazer o desejo do ainda presidente, preocupado com o rumo das investigações acerca da rachadinha de seu filho 01 na Assembleia do Rio e empenhado em mantê-las sob seu controle, para escândalo da sociedade brasileira.
Um interventor nomeou outro interventor.
Ao mesmo tempo em que Rolando Alexandre fazia sua primeira lição de casa, o chefe da PGR, Augusto Aras deu sequência ao inquérito Moro vs. Bolsonaro, iniciado sábado: pediu ao STF oitiva de ministros citados por Moro - os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, provavelmente por terem testemunhado conversas entre ele e Bolsonaro a respeito de pressões para trocas na PF -, de seis delegados da PF, inclusive o ex-diretor geral Mauricio Valeixo, e da deputada Carla Zambelli, também citados por Moro.
Será uma saia justíssima para os generais.
Se confirmarem que Bolsonaro pressionou Moro, vão trair o “chefe supremo” e irão para o olho da rua; se não confirmarem, poderão sofrer as consequências de faltar com a verdade.
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