Ao combater a pobreza, China defende os direitos humanos

Os êxitos no combate à pobreza na China mostram que o esforço pelo desenvolvimento e aumento do poderio nacional é feito colocando o povo em primeiro lugar, escreve o jornalista José Reinaldo Carvalho, editor internacional do Brasil 247

(Foto: Xinhua)


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247, Por José Reinaldo Carvalho, na Rádio China Internacional - As agências noticiosas da China informaram no dia 24 de novembro que todos os distritos do país se livraram da pobreza, citando o anúncio feito na véspera pelas autoridades de Guizhou sobre a retirada dos últimos nove distritos da província dessa condição.

Isto significa que todos os 832 distritos pobres que restavam no país já não o são, segundo informa a Rádio China Internacional. Este anúncio é um coroamento do balanço que os órgãos do poder fizeram, ao assinalar que entre os êxitos na realização do 13º Plano Quinquenal (2016-2020), 55,75 milhões de pessoas residentes das áreas rurais foram retiradas da pobreza, uma indicação de que o país está cumprindo a meta estabelecida pelo governo, o Partido Comunista da China (PCCh) e seu líder máximo, o presidente Xi Jinping, de chegar ao centenário do Partido com a pobreza absoluta extinta.

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Trata-se de uma conquista resultante do esforço abnegado de milhões de pessoas. Para exemplificar a dimensão da luta, vale mencionar que desde o ano de 2012, mais de três milhões de quadros do PCCh, de instituições governamentais e empresas estatais, foram enviados a regiões rurais para combater a pobreza extrema.

Foi a partir do 18º Congresso que a construção do socialismo na China galgou um novo patamar, pois este proclamou o advento do Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era, sob o guia do Pensamento de Xi Jinping sobre Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era. No cerne desta orientação estão a concepção de desenvolvimento centrado nas pessoas, a ação prática para defender, assegurar e melhorar o nível de vida do povo, com base na compreensão de que todos os procedimentos políticos, ideológicos, organizativos e administrativos, no esforço pelo desenvolvimento e aumento do poderio nacional da China, são realizados colocando o povo em primeiro lugar.

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É uma conquista obtida por etapas de longa data, que pertence ao acervo de vitórias do povo chinês há 71 anos, quando foi fundada a República Popular. Essa mesma luta se intensificou e aperfeiçoou a partir da sábia política de Reforma e Abertura, iniciada em dezembro de 1978. São batalhas e triunfos que correspondem a um processo histórico em que a nação chinesa se pôs de pé e tomou o próprio destino nas mãos e que têm por sujeito e centro de tudo o povo. Este, por sua vez, compreende que o empenho do Partido dirigente e do governo pelo desenvolvimento e a prosperidade nacional têm por escopo o bem-estar das pessoas.

Como afirmava o Livro Branco sobre os Direitos Humanos da China (2019): "Entre 1978 e 2018, o número de pobres rurais caiu de 770 milhões para 16,6 milhões, calculado em relação à linha de pobreza da China definida em 2010, e a incidência da pobreza nas áreas rurais caiu de 97,5% para 1,7%. Com o maior número de pessoas saindo da pobreza, a China foi o primeiro país em desenvolvimento a cumprir uma das Metas de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas para a redução da pobreza. Essa conquista representou 70% do esforço global de redução da pobreza".

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Tudo isso resulta no avanço da causa dos direitos humanos na China e no mundo. Isto contrasta com um tipo de propaganda que se tornou vulgar em certos setores da mídia ocidental e círculos políticos e governamentais de uma determinada potência estrangeira. Estes veículos de comunicação e círculos políticos não são capazes de enxergar a essência dos fenômenos sociais em desenvolvimento e encaram o tema dos direitos humanos sob uma ótica distorcida e interessada.

O alívio da pobreza na China desperta o interesse e a admiração de jornalistas, intelectuais, diplomatas e autoridades de instituições internacionais. Quanto às instituições internacionais, esta admiração já vem de longa data e seus porta-vozes e responsáveis elogiam publicamente os êxitos da China no combate à pobreza.

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O jornal brasileiro O Globo traz em sua edição de 11 de novembro do ano passado, uma reportagem sobre o combate à pobreza na China e cita declaração do Secretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para o qual a política chinesa de “aliviar a pobreza com precisão” é a única maneira para ajudar a população em situação de pobreza extrema e realizar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Em sua mais recente edição, com data de 26 de novembro deste ano, a edição brasileira do Le Monde Diplomatique publicou um amplo artigo sobre a China, destacando entre outras coisas: "Em plena recessão econômica global e com projeções nada otimistas, a China acaba de superar a extrema pobreza no país. Apesar do conturbado contexto econômico e político imposto pela pandemia da Covid-19 mundo afora, o desafio secular foi designado como prioritário na estratégia nacional chinesa e alcançado antes mesmo do prazo que o Conselho de Estado havia fixado para si". O artigo é de autoria da estudiosa Melissa Cambuhy, que mais adiante enfatiza: "Logo, importante verificar que o êxito conquistado em novembro de 2020 compõe uma agenda centenária de planejamento e de coordenação de uma série de políticas estatais voltadas para setores estratégicos da economia, cujo objetivo de construção da 'sociedade moderadamente próspera' fora composto prioritariamente pela superação da extrema pobreza".

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No início do ano, o jornal de maior circulação do Brasil, a Folha de São Paulo, publicou um artigo da estudiosa Tatiana Prazeres, em que assinala: "O mundo se orgulha do progresso feito no combate à pobreza, a ONU trombeteou o cumprimento da meta de desenvolvimento do milênio nessa área. Mas os dados agregados escondem o fato de que se trata de um fenômeno sobretudo chinês. A China sozinha responde por mais de 70% da redução global da pobreza desde os anos 1980".

Também faz parte da luta em defesa dos direitos humanos o empenho da China para debelar a Covid-19, a mais grave e extensa pandemia que afligiu a humanidade em um século. Foi exemplar a conduta chinesa contra esse flagelo. O Partido e o Governo decidiram priorizar a saúde e a vida das pessoas, o que os levou a tomar medidas rigorosas de prevenção, contenção e controle. E numa atitude solidária, consoante a concepção de construir um desenvolvimento compartilhado para toda a humanidade, colocaram-se à frente de uma ação internacional pela cooperação entre todos os países, tendo por eixo a OMS, para enfrentar a pandemia. Assim, observa-se que também no combate à Covid-19, é notável a contribuição da China para a defesa dos direitos humanos no mundo.

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O esforço do governo chinês para combater a pandemia foi alvo de elogios no Brasil: "Foram investidos bilhões de dólares na luta contra a Covid-19. O governo chinês ainda ergueu em tempo recorde dois hospitais dedicados exclusivamente para o tratamento de pacientes com coronavírus", informou a revista brasileira Veja, que cita declaração de um importante epidemiologista: "O que os chineses fizeram é inédito no mundo”, diz Eliseu Alves Waldman, epidemiologista e professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). “Eles se inspiraram nas quarentenas hospitalares instaladas durante a epidemia de Sars em 2003 e ampliaram o modelo para conter um vírus que se espalhava muito mais rápido”.

Vistas as coisas com um olhar abrangente, a defesa dos direitos humanos está umbilicalmente ligada à concepção de que o primeiro e mais importante direito humano é o direito à vida. E é isto o que prioritariamente o socialismo na China luta por assegurar com sua política pelo alívio da pobreza e orientada para o bem-estar social.

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