Angela Merkel 7 X Bolsonaro 1
Para Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, "apagou o fogo de Emmanuel Macron que ameaçou rasgar o acordo UE-Mercosul e bateu boca com o presidente brasileiro" ao agir para conter a crise internacional resultante dos incêndios na Amazônia. Para ele, Merkel "não está sendo boazinha com o nosso país, nem conivente com Bolsonaro; está ajudando o mundo a sobreviver". "Essa é a diferença entre uma primeira-ministra formada em Física Quântica e um presidente sem formação que despreza a ciência", afirma.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia - A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel aplicou outro 7 a 1 no Brasil, mais importante que o aplicado pela seleção alemã na brasileira, na Copa de 2014.
Ela poderia ter respondido com o fígado aos insultos de Bolsonaro, punindo sua verborragia com sanções ou retaliações comerciais. Tem cacife para isso.
Ela poderia ter se vingado do boquirroto negando um mísero euro para combater as queimadas na Amazônia, já que ele mandara a alemã reflorestar as florestas dela.
(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)
Mas Angela Merkel preferiu agir como estadista, pensando em primeiro lugar nas consequências de seus atos para a sociedade alemã, europeia e mundial, que seriam desastrosas se os incêndios avançassem.
Se entrasse na pilha de Bolsonaro e transformasse a questão num infindável bate-boca internacional e punições econômicas, todos perderiam: a Amazônia, os brasileiros e o mundo.
E a floresta continuaria queimando. E o efeito estufa aumentando.
Merkel apagou o fogo de Emmanuel Macron que ameaçou rasgar o acordo UE-Mercosul e bateu boca com o presidente brasileiro. “Vamos conversar com Bolsonaro, não pode parecer que estamos contra ele” disse ela. E Macron concordou.
Hoje mesmo o presidente francês anunciou R$ 90 milhões para a Amazônia.
(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)
Ao ficar do lado do Brasil e não da França, que no primeiro momento queria retaliar o Brasil, a primeira-ministra alemã não está sendo boazinha com o nosso país, nem conivente com Bolsonaro; está ajudando o mundo a sobreviver.
Está sendo solidária com a população mundial, que não pode ser vítima da ignorância, truculência e insensatez de Bolsonaro.
Essa é a diferença entre uma primeira-ministra formada em Física Quântica e um presidente sem formação que despreza a ciência.
(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247