Andrade Gutierrez é overdose para Aécio
Há, porém, uma relação sinistra que deve causar overdose no chefão do PSDB. É a ligação carnal que sempre manteve com a empreiteira Andrade Gutierrez

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O cambaleante Aécio Neves sabe que goza da total complacência dos aparelhos de Estado – Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Supremo Tribunal Federal (STF), entre tantos outros – e da generosa blindagem da mídia tucana. Até hoje, ele nunca foi incomodado pelos falsos vestais da ética – apesar de já ter sido citado em várias "delações premiadas" da Lava-Jato e de outras operações que apuram desvios de recursos públicos. Há, porém, uma relação sinistra que deve causar overdose no chefão do PSDB. É a ligação carnal que sempre manteve com a empreiteira Andrade Gutierrez. Nesta semana, o ex-presidente da empreiteira confirmou novamente as milionárias doações que fez ao "tesoureiro informal" do senador Aécio Neves.
Segundo matéria publicada no Estadão nesta quinta-feira (13), o executivo Otávio Azevedo afirmou, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que repassou dinheiro ao grão-tucano por meio de Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da estatal Codemig e homem da mala preta de Aécio Neves. "O executivo depôs no dia 19 de setembro perante o ministro do TSE Herman Benjamin, relator do processo na Corte. Ao explicar sobre como eram feitas as doações eleitorais da empreiteira, Otávio também foi indagado sobre repasses a outros partidos e políticos. Ele admitiu que todas as doações eleitorais saíam do mesmo caixa da empresa e, em relação ao PSDB, disse que se encontrou com Oswaldo", relatam os jornalistas Mateus Coutinho e Júlia Afonso.
A resposta, porém, não tapa a sujeira. Em maio passado, a própria Andrade Gutierrez, segunda maior empreiteira do país, divulgou nota com "um pedido de desculpa ao povo brasileiro", confessando que cometeu irregularidades em obras públicas. Ela reconheceu que repassou propina a diversos partidos e se comprometeu a pagar uma indenização de R$ 1 bilhão, conforme o acordo de leniência firmado na Operação Lava-Jato. Na ocasião, ela homologou as delações premiadas dos seus ex-executivos – entre elas, a que cita o cambaleante Aécio Neves. A mídia tucana, porém, só destacou as doações à campanha de Dilma, reforçando a cruzada pelo seu impeachment. A seletividade da denúncia gerou protestos do senador Lindbergh Farias: "Por que não questionaram as contribuições para os tucanos? A doação legal para o PT é fruto de propina e a do PSDB veio de uma sacristia?".
Agora, porém, o nome do cambaleante Aécio Neves vem à tona, o que pode lhe causar uma baita overdose.
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