América Latina em busca da união continental no cenário de novo sistema monetário internacional

Nesse novo ambiente, contexto, a América Latina tem que dar seu grito de libertação

(Foto: Ilustração Prensa Latina)


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Semana que vem o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, estará no Brasil para acelerar parceria econômica com Lula.

 Com 104% de inflação anual pelas costas mais o arreio apregoado do FMI sem dó nem piedade, Fernandez, desistente da eleição, busca alternativa em Lula, com bola cheia ao lado de Xi Jinping.

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 Portanto, sua última jogada é buscar a união Argentina-Brasil para aliar-se à China para fazer negócios com trocas de moedas ao largo do dólar que virou carrasco de ambos os países. 

 Por que, a face oculta do drama chama-se Banco Central Independente, aliado do BIS, tão macabro quanto o choque permanente da moeda americana na vida dos portenhos, impedindo crescimento sustentável.

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 Ambos, Lula e Fernandez, conscientizam-se de que comandam economias complementares que precisam se unir rapidamente para marchar junto com Pequim, a fim de fugir do dólar.

 O carrasco do mundo com sede na Casa Branca, a ameaçar todos com suas garras de rentista insaciável, não tem mais nada a oferecer aos aliados, salvo guerras, destruição, inflação, desemprego e misérias.

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 DOMINIO IMPERIALISTA DE PERNAS BAMBAS

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 O domínio político, econômico, monetário imperialista, no contexto da guerra, na Ucrânia, entre Rússia x EUA-OTAN, mudou de mãos no mundo.

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 No século 19, a Inglaterra, com a libre esterlina, sob mercantilismo global, dava as cartas.

 No século 20, deslocada a ideologia mercantil, predominaram Estados Unidos, sinônimo de guerra permanente, puxada pela dívida pública americana sob hegemonia do dólar.

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 No século 21, a China passa a ser a mais poderosa economia do planeta, agora, em aliança militar com a Rússia, aproximando do Oriente Médio, onde promove a paz entre adversários religiosos históricos (Irã-Arábia Saudita) e cria novas expectativas históricas, na era pós-dólar hegemônico etc.

 Sob as bençãos de Xi Jinping, podem se unir, até, palestinos e judeus!

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 O dinheiro dominante não está mais no ocidente, caminha para o oriente, como reconhece a própria mídia ocidental.

 

 AMERICA LATINA RUMO À LIBERTAÇÃO DO DÓLAR

 

 A América Latina, nesse novo cenário, está condenada a se unir para se escapar do dólar, que a escraviza há um século, a fim de criar sua própria moeda, unindo-se aos novos poderes que caminham para novas hegemonias compartilhadas.

 A outrora poderosa city londrina, agora, perde a corrida do dinheiro até para Paris, que corre, junto com Frankfurt, para Xangai, a nova meca financeira global.

 A Europa se rendeu, covardemente, aos Estados Unidos, que perderam corrida do dinheiro para a China.

 É lá que estará o Brics, novo grande banco internacional de desenvolvimento, dando as cartas no sistema monetário ancorado em cesta de moedas, deixando para trás Banco Mundial e BID

 O dólar, essa é que é a dura realidade para os sobrinhos de Tio Sam, já está sendo monitorado pela China para não gastar mais do que arrecada.

 

 DÓLAR MONITORADO PELO YUAN

 

 Não é essa a ordem que está à vista com o Congresso americano ensaiando teto de gastos para a indústria armamentista diante do cansaço do eleitor americano com tantas guerras ininterruptas?

 A guerra, com novo sistema monetário internacional, comandado pela China e aliados, não será mais financiada pelo dólar hegemônico sem lastro real.

 Simplesmente, a hegemonia unipolar foi para o espaço. 

 As emissões monetárias em moeda americana terão que obedecer a um novo consenso, o de Pequim, assim como por muito tempo o mundo se submeteu ao Consenso de Washington.

 Tio Sam, debaixo de teto de gasto, conversa comum nos meios financeiros em Nova York, terá que se render às regras antigas que ele impunha à periferia capitalista, ditando-lhe ordens imperiais: superavit primário, câmbio flutuante e metas inflacionárias.

 Volta do chicote no lombo de quem mandou dar.

 O exemplo concreto do colapso à vista é a incapacidade de Biden de cumprir com sua promessa de campanha eleitoral de elevar de 7 para 15 dólares o salário-mínimo americano.

 

 O SOCIAL E A GUERRA NO PARLAMENTO

 

 O FED – que imprime dinheiro, ou seja, os banqueiros, e não o tesouro – e seu maior aliado, a indústria armamentista, não concordaram com essa plataforma social eleitoral do Partido Democrata.

 Por isso, discordam, no parlamento, por meio dos seus serviçais, de política fiscal mais frouxa para exercitar programas sociais distributivos de renda.

 O capitalismo de guerra não sabe distribuir, só acumular e destruir.

 A grana grossa disponível tem que ir para fabricação de armas, para que os Estados Unidos continuem sustentando suas quase bases militares espalhadas pelos cinco continentes, com orçamentos trilionários.

 Quem arca com as consequências são os trabalhadores por meio de arrocho salarial.

 O poder de compra dos salários nos isteites se estreita cada vez mais diante do poder de compra do yuan chinês.

 A economia de Tio Sam, dessa forma, perde credibilidade para continuar sendo hegemônica no sistema monetário internacional ancorado no dólar.

 Afinal, as verdinhas não têm por trás de si garantia real, só papel pintado.

 A hegemonia era dada pelo poder bélico e espacial incontrastável antes sem competidor, mas, agora, o buraco é mais embaixo.

 “Perdeu, mané!”, diz o ditado popular.

 Tem, agora, que consultar o poder econômico-comercial-financeiro de Xangai e o poder militar russo, irmanados para impor derrota dos Estados Unidos e Otan, em território ucraniano, onde o fascista Zelensky se encontra dependurado na broxa sem escada.

 

 DESINDUSTRIALIZAÇÃO EUROPEIA PREPARA REVOLUÇÃO

 

 Diante dessa situação, a Europa, a ex-poderosa, só tem garganta: perdeu as matérias primas baratas indispensáveis a sua industrialização fornecidas pela Rússia, para atender exigências de Washington.

 Putin, é claro, prefere negociar com Xi Jiping a parceria para avançar sobre a Eurásia, na Rota da Seda, a plataforma econômica e financeira do século 21.

 O antigo poder financeiro da City inglesa e o poder financeiro de Wall Street perderam poder de mando imperialista.

 Os fundos financeiros especulativos são candidatos à implosão hiperinflacionária, como sinalizam fragilidades dos bancos americanos submetidos a brutais especulações, temerosos de corridas bancarias.

 

 GRITO DE GUERRA LATINO

 

 Nesse novo ambiente, contexto, a América Latina tem que dar seu grito de libertação diante do imperialismo anglo-saxão que ditava as regras da Doutrina Monroe, desde 1823, tratando os latino-americanos como escravos em seu quintal.

 Resta à América Latina fazer o que a Argentina já está fazendo, pagando em pesos, trocando-os por yuans, suas importações da China, pois, afinal, dólar deixou de ser negócio.

 É o que se dissemina para fixar novo sistema monetário pregado pelos libertadores do continente como Tiradentes, José Bonifácio, Bolívar, José Marti, Getúlio Vargas, Fidel Castro, Peron, Cienfuegos, Che Guevara, Cardenas, José Carlos Mariategui, Alende etc.

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