Ameaça existencial
Solnik relata "espanto" com declaração do Kremlin sobre uso de armas nucleares
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Quando a jornalista Christiane Amanpour perguntou ao porta-voz do Kremlin, anteontem, na CNN, se ele confiava em que seu chefe, Vladimir Putin, jamais usaria o arsenal nuclear na guerra contra a Ucrânia, como havia ameaçado no início do conflito, eu esperava que Dmitry Pescov dissesse que sim, que isso jamais aconteceria, que o Kremlin procura caminhos para a paz e não para a destruição.
Eu esperava que ele repetisse o surrado discurso de que são armas que existem para nunca serem usadas.
Mas, para minha decepção e meu espanto, ele afirmou que a “doutrina russa de segurança” prevê uso de armas nucleares em certas situações:
“Temos uma doutrina de segurança interna e ela é pública. Você pode ler nela todas as razões para o uso de armas nucleares. Se for uma ameaça existencial ao nosso país, então podem ser usadas, de acordo com a nossa doutrina”.
Não detalhou o que seria uma “ameaça existencial” à Rússia, mas, a julgar pelo pretexto para atacar a Ucrânia, poderá ser tudo aquilo que Putin considerar “ameaça existencial à Rússia”.
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