Ambiente político-eleitoral de 2022
As urnas são apenas receptáculos dos movimentos que ativam a sociedade antes
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É certo que o título eleitoral não é arma nem ferramenta poderosa no cenário político nacional. As urnas são apenas receptáculos dos movimentos que ativam a sociedade antes.
E é exatamente o conteúdo desta força que cruza pelas urnas que preocupa. Em 2018 o que se contou como resultado das eleições foi o golpe de Estado iniciado nas manifestações de rua em 2014 e, antes, com o fatídico e golpista mensalão.
O que saiu das urnas em 2018 foi a monstruosidade fascista, expressão mais cruel e violenta do neoliberalismo. A partir daí a farsa se afirmou como negacionismo e morte em forma de genocídio, com Jair Bolsonaro e seus asseclas usando os setores da saúde, da economia, da energia e da educação como pontas de lança do genocídio e da destruição do Brasil.
Os incêndios provindos de uma natureza mal tratada e adoecida se tronaram em boiada atropelando a sociedade brasileira, idem com as chuvas e enchentes misturando troncos de árvores, pedras e lamas aos cadáveres descendo os morros com pessoas morando mal, jogadas em quaisquer lugares sem Estado, sem governo e sem solidariedade. Tudo isso se soma aos 14 milhões de desempregados, aos 38 milhões de pessoas fazendo bicos em busca de sobrevivência em nome da meritocracia e da deformação dos direitos trabalhistas. Sem parar, as desgraças contra nosso país indefeso e atropelado, a pandemia é usada não para matar 30 mil pessoas, como advogou o terrorista deputado Jair Bolsonaro, mas quase 1 milhão de asfixiadas sem oxigênio e sem vacinas, mortes acompanhadas da ante ciência como propaganda de governo.
Tudo isso e muito mais passou pelas urnas por meio dos “inocentes” votos eletrônicos, com divisões profundas no país tendo o ódio como plataforma governamental.
Neste ano nos encontramos frente a frente com uma campanha eleitoral. O que assusta é que os índices de opinião pública ainda se inclinam a favor da morte e da destruição nacional. Jair Bolsonaro ainda conta com índices altos de aprovação tornando-o competitivo, ainda que como genocida e candidato da necropolítica.
Boa parte da opinião pública dá maioria favorável ao ex-presidente Lula, vítima da injustiça imperialista com uma prisão violenta após a morte de sua esposa Mariza Letícia, atingida por um AVC causado pela alta pressão política movida por Sérgio Moro e os delinquentes da lava jato.
Muitos cadáveres se somam à barbárie política brasileira no atentado nacional contra nossa soberania e desenvolvimento.
É este o contexto eleitoral de 2022. Assim sendo, a mobilização popular tem que ser de tal monta e força que supere o ato de “votamos nos nossos representantes, agora é esperar”. Não, o contexto é pré-revolucionário. Ninguém de bom senso suporta mais esta situação de morte e de sofrimento. Também se esgotou a expectativa na eleição como caminho da representatividade política nos executivos e nos parlamentos. A luta tem que ser mobilizadamente permanente, mantendo a temperatura política elevada em alta pressão. Não se fala em ódio aqui, mas em compromisso patriótico por parte do povo brasileiro, principalmente de sua classe trabalhadora, notadamente de sua massa crítica, os seus intelectuais.
A mobilização não se levantará espontaneamente das bases, mas é preciso que alguém ajude a organizar a classe trabalhadora e o povo, dotando-os de tática e estratégia claras e justas.
Já é certo que a tática do ódio e das fobias é inimiga do povo. Também sabemos que a estratégia neoliberal da meritocracia, do trabalho sem direitos só ajuda a concentração de renda, de poder econômico e do aumento do roubo das riquezas nacionais e populares.
A tática tem que ser no sentido de mobilizar as amplas massas entono das reconquistas definitivas de seus direitos ao trabalho e aos frutos que dele provêm. A estratégia superará necessariamente o neoliberalismo, esta praga profundamente nefasta aos interesses e necessidades justas da classe trabalhadora e do desenvolvimento nacional. O neoliberalismo tem que ser superado e destruído nas suas alianças econômicas, políticas, militares e sociais com o fascismo.
Abraços proféticos e revolucionários,
Dom Orvandil.
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