Ambição desmesurada
Alguns maus brasileiros, das classes econômica e política, se lixaram para os bons conceitos de moralidade, decência e probidade, e com as mãos sujas, invadiram o dinheiro do contribuinte e fizeram negócios espúrios e detrimentosos à atividade econômica
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
O Brasil está sendo roubado e espoliado, há tempo que remonta a sua descoberta, mas o momento atual de contemporaneidade extrapolou qualquer lógica e precificação. Alguns maus brasileiros, das classes econômica e política, se lixaram para os bons conceitos de moralidade, decência e probidade, e com as mãos sujas, invadiram o dinheiro do contribuinte e fizeram negócios espúrios e detrimentosos à atividade econômica.
Criou-se um péssimo ambiente, de desregulação geral, e a entidade responsável pela fiscalização e supervisão ficou calada, comprovando que os órgãos regulatórios são feitos para inglês ver. E assim, igualmente, a nossa lei anticorrupção, razão pela qual os americanos serão impiedosos nas indenizações e ressarcimentos que deverão ser pagos por ludibriar o mercado estrangeiro.
Aos olhos do governo, tudo se passa com total normalidade e as promessas continuam. Até parecem de campanha, a cada dia um peixe grande é citado, mas nosso parlamento em recesso e nossa economia em recessão. Daí a proximidade com a depressão é um passo bem perto, já que estamos paralisados, anestesiados e ninguém consegue mudar essa catastrófica situação de péssimas notícias que inauguraram o ano de 2016.
Agora vem o governo com mais um plano mirabolante de permitir que os bancos públicos reduzam os juros para facilitar acesso ao crédito. Não percebem que devem incrementar a produção e não apenas o consumo, já que toda prioridade ditada para que o particular consumisse mostrou-se cara, inócua e somente aumentou o número de inadimplentes.
Com razão, o Papa Francisco, na última obra, parece diagnosticar o tumor da sociedade moderna: o convívio desmesurado pela ambição na corrupção, o dinheiro, o poder e a riqueza, má distribuição e a miséria de milhões de refugiados. Uma terceira guerra mundial que se instaurou leve e silenciosamente, atingindo em cheio os países emergentes e colocando a prova a capacidade de sair dessa situação escandalosa.
E definitivamente, apesar do seu relevo e múltiplas vantagens, a operação lava jato, por si só, não será capaz de reequilibrar as finanças do Brasil ou aquecer a economia. Essa velha política de que é dando que se recebe ficou clara com o envolvimento maiúsculo de políticos de altas hostes com empresários de fina cepa, do melhor naipe, e que o Brasil se exploda, já que agora está definitivamente implodindo com o pessimismo que se abateu, com o desemprego, a paralisação das obras, devolução de imóveis, afora a situação tenebrosa das montadoras que apostaram no Brasil e levaram um tremendo pito das matrizes, pois a venda de veículo esse ano será bem menor do que já fora em 2015.
E agora, a pretexto de regulamentar as prisões provisórias ou preventivas, querem reduzir sua aplicação com medidas alternativas e/ou socioeducativas para perigosos criminosos integrantes de quadrilhas. Ao que se colhe, o Brasil fora descoberto mesmo para não dar certo. Seu futuro, sempre incerto, jamais chegou, e a calamidade da reeleição é seu pior remédio. Não há, enganam-se todos, direita ou esquerda, o que existe, em definitivo, são péssimos representantes do povo que escolhidos a dedo, por falta de opção, por incautos e incultos, fazem a liturgia de roubar a todo custo e por tal razão temos um déficit público impagável e incalculável.
Não sabemos o tamanho do buraco no qual o governo nos colocou e a situação se deteriora a olhos vivos a cada minuto, mas como não há um coelho, uma carta mágica e todas as previsões se frustram, vamos aguardar desastre final para mandarmos para os endereços certos nossos votos de condolências. E o aspecto que se descortina demonstra que a única solução para o brasileiro digno, decente e que pretende mudar essa rotina cruel é o caminho dos aeroportos, mais de 200 mil brasileiros se mandaram nos últimos anos sem esperança de voltar.
E o governo agora tributa a remessa de dinheiro para o exterior em 25%, mais uma barbaridade, como se viver fora fosse luxo, ao contrário, uma necessidade diante da calamidade, tempestade perfeita e total despreparo que conjuga corrupção com destruição econômica e a totalização de uma contabilidade que deixará muito ganhador do premio Nobel espantado.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247