Amazônia tem florestas, riquezas e guardiões. Mãos à obra, presidente Lula!

Milhões de trabalhadores extrativistas e indígenas esperam programas regionais para ajudar o país a zerar desmatamentos e queimadas

Amazônia, Marina Silva e Lula
Amazônia, Marina Silva e Lula (Foto: Reuters)


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Ao participar na última sexta-feura em Letícia, na Colômbia, fronteira com o Amazonas, da reunião técnico-cientifica sobre a Amazônia, o presidente Lula falou de duas importantes questões com relação à nossa maior, mais rica e mais bonita floresta tropical do mundo, essencial até mesmo para o próprio equilíbrio climático do planeta.

Primeiro, o presidente admitiu, humildemente fazendo a necessária e apropriada mea culpa, que "não temos dado" a atenção que a gigantesca e milenar floresta merece. Depois, reafirmou o compromisso  que tem o seu governo com relação à economia sustentável da região.

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Quanto à primeira questão, de fato, é inacreditável que um pais com tantas cabeças pensantes não tenha atentado, até agora, para a extrema importância de proteger e tirar proveito econômico e social, de forma sustentável, da extrema e incalculável riqueza natural que possui. E que representa, diga-se de passagen, o grande diferencial que nosso pais de dimensões continentais tem para mostrar e oferecer ao mundo.

A extraordinária riqueza amazônica começa, em nível global, com boa parte de sua biodiversidade, de sua água potável, de seu enorme potencial mineral e de sua captação de carbono para deixar o planeta menos poluente e mais respirável. Sem as atuais e já graves mudanças climáticas e os crescentes desastres ambientais, que já lhe atingem o planeta por todos os lados, como vem ocorrendo nas últimas décadas, apesar dos inúmeros alertas de cientistas ambientais nacionais e internacionais.

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Sobre a segunda questão, Lula acerta no coração da mosca em reafirmar o compromisso em investir na economia sustentável da região amazônica, que os economistas já batizaram do apropriado termo de "bioeconomia", com potencial incalculável em geração de empregos e renda de níves elevados por toda a sua gigantesca extensão, que abrange nove estados brasileiros.

De saída, o atual governo já conta com vasta mão-de-obra especialíssima no que ele precisa para chegar ao pretendido desmatamento zero até 2030. Trata-se dos seculares guardiões da floresta, começando com os mais de 440 mil indígenas e se estendendo para alguns milhões de trabalhadores extrativistas da região, ainda produzindo muito de forma artesanal, agregando pouco valor e sem apoio da tecnologia e do processo de industrialização.

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São indígenas e extrativistas preservando a floresta e produzindo da forma mais sustentável possivel castanha, açaí, buriti, cupuaçu, ervas medicinais, essências florestais, oleaginosas, artesanato, borracha natural. Com produtos já de grande aceitabilidade nos mercados nacional e até internacional, como é o caso do açaí, que vem se expandindo aceleradamente para dezenas de países pelo seu delicioso sabor e elevado teor energético para quem pratica exercícios e atividades esportivas.

O turismo de selva, também chamado de ecoturismo, é outra economia sustentável que, a exemplo das dezenas de outras cadeias produtivas já existentes na Amazônia, pode ser beneficiada e incentivada por programas regionais do atual governo. Ampliando ainda mais o atual exército de guardiões defensores da preservação da grande floresta e parando, de uma vez por todas, com a sua devastação, que já consumiu criminosamente mais de 20% de sua gigantesca área original, apenas nas últimas décadas.

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Ou seja - como gosta de ressaltar Lula em seus discursos - há floresta, há riqueza, há beleza, há dinheiro interno e de ajuda dos países mais ricos e há guardiões suficientes para, bem e justamente remunerados, através de programas sérios, apropriados e competentes, ajudarem a zerar o desmatamento e as queimadas na Amazônia até antes de 2030.

Então, mãos à obra, senhor Presidente e senhores povos da floresta!

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