Alvo da PF, Milton Lyra atuou com políticos e em eleições em AL

Nnome dele volta ao noticiário como sendo um dos alvos de mandado de busca e apreensão no âmbito da operação Pausare. Ele é investigado no mesmo inquérito em que consta o senador Renan Calheiros (MDB) por suposta atuação em investimentos fraudulentos do Postallis

Polícia Federal Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil
Polícia Federal Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil (Foto: Voney Malta)


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Homem silencioso, discreto e temido, Milton Lyra, agora chamado de empresário, na verdade é um lobista que sempre atuou junto aos políticos do Congresso Nacional. Manteve, durante um bom tempo, relação com empresários-políticos (João Lyra), e políticos profissionais (senador Renan Calheiros).

Ficou conhecido no estado por ter sido o autor da ideia e executor da ação de intimidação dos famosos 'homens de preto', que teriam atuado para beneficiar o candidato a prefeito de Maceió, Cícero Almeida, em sua primeira eleição em 2004, apoiado pelo empresário sucroalcooleiro João Lyra,derrotando, em segundo turno, o candidato do PSB Alberto Sextafeira, apoiado pelo então governador Ronaldo Lessa e pela prefeita Kátia Born.

Pois bem, agora o nome dele volta ao noticiário como sendo um dos alvos de mandado de busca e apreensão no âmbito da operação Pausare. Ele é investigado no mesmo inquérito em que consta o senador Renan Calheiros (MDB) por suposta atuação em investimentos fraudulentos do Postallis.

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Aliás, a operação desta quinta-feira (1) ocorre em Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal

Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a operação da PF:

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A Polícia Federal (PF) informou hoje (1°) que dará início a uma série de ações investigativas com o objetivo de "esclarecer a suposta atuação de uma organização criminosa especializada no desvio de recursos previdenciários do Fundo Postalis" – o Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos. Em nota, a PF informa que as ações estão no âmbito da Operação Pausare e serão feitas ao longo das próximas 48 horas em São Paulo, no Rio de Janeiro, Distrito Federal e em Alagoas.

Ainda segundo a nota, a operação foi deflagrada depois que o Ministério Público Federal encaminhou à PF auditorias de órgãos de controle que teriam identificado "má gestão, irregularidades e impropriedades" na aplicação dos recursos do Postalis, o que teria contribuído para o déficit de aproximadamente R$ 6 bilhões do fundo.

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Ao todo, 62 equipes policiais estão cumprindo aproximadamente 100 mandados judiciais em quatro unidades da Federação: 40 equipes atuam no Rio de Janeiro, sendo três no interior do estado, dez no Distrito Federal, 11 em São Paulo e uma equipe em Alagoas..

As medidas judiciais têm como alvo pessoas físicas – algumas delas empresários, que teriam articulado com gestores do fundo de pensão – e dirigentes de instituição financeira internacional, além de pessoas jurídicas. A nota da PF informa que dentro desse grupo há empresas com títulos em bolsas de valores e instituições de avaliação de risco.

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O nome da operação faz referência ao infinitivo presente do verbo latino pauso - pausare -, palavra empregada com o sentido de aposentadoria.

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