Aloizio Mercandate manifesta solidariedade à TV 247 contra censura imposta pelo YouTube

"A sociedade não admite retrocessos, como este atentato à liberdade de expressão", disse ex-ministro, coordenador do programa de governo da chapa Lula/Alckmin

Mercadante, em entrevista à TV 247
Mercadante, em entrevista à TV 247 (Foto: Felipe Gonçalves)


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O ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo da chapa Lula/Alckmin, manifestou solidariedade à TV 247 em razão da censura imposta pelo YouTube.

“A sociedade não admite mais retrocessos, como esse atentado à liberdade de expressão praticado pelo YouTube contra a TV 247”, disse o ex-ministro, durante o ato pela democracia realizado na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco.

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A TV 247 teve 30 vídeos censurados pelo YouTube sob pretexto de propagar discurso de ódio, todos relacionados ao evento em Juiz de Fora em 6 de setembro de 2018, quando Bolsonaro foi internado após receber uma facada ou suposta facada.

Um dos vídeos censurados é o documentário “Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil”.

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O documentário mostrava a inconsistência da versão oficial, divulgada pela Polícia Federal e encampada por veículos da mídia corporativa sem contestação.

Em nenhum momento, o documentário afirmou que se tratou de farsa. Mostrou que Adélio Bispo de Oliveira não era o militante de esquerda como foi apresentado pela PF.

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Um dos documentos encontrados nos pertences de Adélio foi um ofício em que ele pedia desligamento do PSD, partido de centro-direita.

Adélio também era um pregador evangélico e defendeu em púlpitos bandeiras bolsonaristas, como a redução da maioridade penal e o combate ao projeto de lei que criminalizava a homofobia.

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O perfil de Adélio foi feito pelo sobrinho dele, em outro vídeo censurado. O sobrinho também reclamou, chorando, que não tinha conseguido visitar o tio. 

O advogado Zanone Júnior, que se empenhou para assumir o caso de Adélio, nunca viabilizou esse contato da família com seu cliente.

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O documentário também mostrou que a Polícia Federal não investigou o fato de que Adélio e Carlos Bolsonaro estiveram no mesmo dia no Clube de Tiro .38 em Florianópolis, dois meses antes do episódio em Juiz de Fora.

Não foram requisitadas, por exemplo, as imagens das câmeras de segurança daquele dia, em que Adélio fazia um curso de tiro, que custava o equivalente a três meses do aluguel do quarto em que morava.

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O documentário censurado teve mais de 2,3 milhões de visualizações no YouTube.

 

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