Almeida, Pedro, Marx, Quintella, Arthur e o silêncio das panelas
De qualquer forma, a vida de Temer não será de paz. O MPF investiga outras denúncias. Uma é sobre obstrução de justiça, na outra deverá ser apontado como chefe de organização criminosa da qual fazem parte os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, entre outros políticos do PMDB
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Esperei, torci, sonhei, desejei, mas o silêncio foi total na Jatíuca, Ponta Verde, Pajuçara, em toda Maceió. Ninguém gritou, nem bateu panela, ninguém buzinou. Não houve manifestação alguma contra o resultado da votação da Câmara que anistiou Michel Temer da denúncia de corrupção passiva.
Frustrado com a passividade, a gente busca uma fuga. Por motivos diferentes, da mesma forma que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), desejava, também torci pela votação terminar antes do jogo do Botafogo.
Deu certo. Porém, no final, tristeza de novo. Perdemos para o Palmeiras. Ah, @#%¨&*, oh, frustração! Lembrei-me dos organizadores dos protestos contra a corrupção, contra o PT, Dilma Lula e o escambau, em Maceió. Onde estarão? Quem financiou toda aquela estrutura, mas que agora fechou o cofre?
Bom, é o silêncio surdo e mouco das panelas e também dos chefes dos cofres!
Mas, chega o dia seguinte e é hora de deixar de lado o gosto amargo da derrota do fogão e dessa votação.
É Vida que Segue!
Pensando bem, nada foi surpresa. O meu time só pensa na libertadores e os nossos políticos....
40% dos 263 deputados federais que votaram para livrar Temer de um eventual julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) respondem a inquéritos ou são réus em ações penais em andamento na Corte.
Alguns dos parlamentares de Alagoas engordam esse percentual. Arthur Lira (PP), Cícero Almeida PDB), Marx Beltrão (PMDB), Maurício Quintella (PR) e Pedro Vilela (PSDB) foram os alagoanos que ajudaram, salvaram Michel Temer.
Como serão os dias seguintes? Iguais ao de ontem e hoje, provavelmente.
É só lembrar o que se passa no grupo criminoso instalado na Presidência, o que acontece na Câmara, no Senado e nos partidos para percebermos o quanto há uma afinação entre o crime organizado que põe em risco a sociedade brasileira.
O risco maior não é o tráfico de entorpecentes, de armas, nem crimes de mando. Mas sim organizações criminosas que controlam o Legislativo e influenciam o Judiciário.
De qualquer forma, a vida de Temer não será de paz. O MPF investiga outras denúncias. Uma é sobre obstrução de justiça, na outra deverá ser apontado como chefe de organização criminosa da qual fazem parte os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, entre outros políticos do PMDB.
Fora Temer; Vamos Vencer, fogoooo!
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